As eleições autárquicas de 2017 ditaram a recondução do PSD/CDS-PP/PPM frente à Câmara de Braga e, um ano depois, em declarações à Lusa, Ricardo Rio apontou a requalificação do Parque de Exposições (agora Forum Braga), a finalização das intervenções em escolas, o início das obras nas piscinas municipais e na Pousada da Juventude, "projetos de infraestruturas", como os "traços visíveis" deste período.
Do lado da oposição, CDU e PS, concordam com a importância para a região da abertura do Forum Braga, mas apontam a "falta de coragem" para tomar medidas concretas que influenciem a mobilidade no concelho, a "inacreditável decisão" de vender a antiga saboaria Confiança e a manutenção da política fiscal "pouco amiga das famílias", como "pontos negros" da política da maioria.
"Este primeiro ano do segundo mandato fica muito marcado pela concretização de vários projetos de natureza infraestrutural, o mais marcante e visível foi, sem dúvida, a abertura do Forum Braga", referiu Ricardo Rio.
Para o autarca, as políticas da maioria para o segundo mandato seguem "o mesmo desiderato" que no primeiro.
"Há um traço que queremos que esteja sempre presente, Braga tem que se assumir como um destino ideal para quem quer ser feliz e isso requerer qualidade de vida e acesso a tudo o que é fundamental", apontou.
No entanto, para a oposição "as políticas seguidas estão muito aquém do necessário" para o objetivo apresentado.
"A falta de políticas de mobilidade é uma marca desta maioria. Por exemplo, salientamos como muito positivo a recuperação para a esfera do município do estacionamento pago à superfície, uma opção política que valorizamos, mas não podemos deixar de condenar a forma displicente e negligente como tem sido feita a gestão da fiscalização", referiu à Lusa o vereador da CDU, Carlos Almeida.
Segundo a CDU, "o congestionamento rodoviário da cidade, a permanente falta de coragem para tomar as decisões que têm que ser tomadas nessa área são pontos negativos que já vêm do mandato anterior e que continuam".
A CDU salientou ainda como "aspeto muito negativo" a política fiscal seguida pela maioria PSD/CDS-PP/PPM, destacando que “na oposição comprometia-se a aliviar a carga fiscal em sede de Imposto Municipal sobre Imóveis e nunca o fez, isso é revelador de uma política fiscal nada simpática, nada amiga das famílias bracarenses".
Do lado do PS, o candidato derrotado em 2017, Miguel Corais, salientando ser ainda cedo para "uma avaliação substancial" do desempenho de Rio, considerou que o atual mandado "mostrou já sinais diferentes do vazio", que avaliou ter caracterizado o exercício anterior.
"Faço uma avaliação muito negativa na gestão da autarquia naquilo que são as relações humanas, o respeito pelas pessoas que trabalham, como é o caso dos feirantes que foram expulsos do sítio onde funcionou sempre a feira, o agora Forum Braga", apontou Corais.
Outra posição conjunta de PS e CDU é a crítica à venda do edifício da antiga saboaria Confiança, aprovada no início de setembro.
"Mostra o desnorte nas políticas de salvaguarda do património, foi uma traição bastante forte àquilo que era um designo da população, da sociedade", referiu Carlos Almeida.
"A venda da Confiança, o completo abandono do princípio que levou à expropriação do edifício, a quebra do consenso político e social que houve foi um dos pontos mais baixos deste ano e de toda a governação de Ricardo Rio", considerou Carlos Almeida.
Nas eleições autárquicas de 2017, a coligação PSD/CDS-PP/PPM voltou a ter maioria no executivo camarário, tendo mesmo conseguido eleger mais um vereador do que em 2013, ficando com sete, o PS com três (perdeu um vereador) e a CDU manteve um eleito.
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