“Viemos para enviar uma mensagem de solidariedade e apoio, e para dizer ao povo libanês que sempre fomos fortes e sempre conseguimos sair de todas as misérias”, disse o cônsul geral do Líbano no Rio de Janeiro, Alejandro Bitar, durante a cerimónia no monumento, citado pela agência de notícia Efe.
O maior símbolo turístico do Brasil, que tem sido utilizado nos últimos meses para exibir mensagens de sensibilização sobre o coronavírus, serviu desta vez para prestar homenagem ao povo libanês, após a explosão devastadora na terça-feira no porto de Beirute.
“Temos de proteger esse país, temos de nos reunir e unir para que este Líbano seja um país de progresso e prosperidade”, disse Bitar aos pés do Cristo Redentor, no cimo da colina do Corcovado, no Rio de Janeiro.
A iniciativa partiu do Consulado Geral libanês no Rio de Janeiro e contou com a participação da Igreja Católica e de outras confissões religiosas.
A comunidade libanesa que vive no Brasil, formada na sua maioria por descendentes, é maior do que a população do Líbano.
São quase 10 milhões de libaneses e descendentes em território brasileiro, segundo informações da agência Senado.
O país já foi governado por um descendente de libaneses, o ex-presidente Michel Temer.
O candidato derrotado nas últimas residenciais por Bolsonaro, Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores, também tem o Líbano como local de origem de parte de sua família.
O Presidente brasileiro usou as redes sociais na terça-feira, dia do incidente, para se solidarizar com os libaneses duramente atingidos pela explosão.
“Profundamente triste com as cenas da explosão em Beirute. O Brasil abriga a maior comunidade de libaneses do mundo e, deste modo, sentimos essa tragédia como se fosse em nosso território. Manifesto minha solidariedade às famílias das vítimas mortais e aos feridos”, escreveu Jair Bolsonaro no Twitter, prometendo que o país fará “algo concreto” para ajudar a nação.
Duas fortes explosões sucessivas sacudiram Beirute na terça-feira, causando pelo menos 137 mortos e mais de 5.000 feridos, segundo o último balanço feito pelas autoridades libanesas.
Até 300.000 pessoas terão ficado sem casa devido às explosões, segundo o governador da capital do Líbano, Marwan Abboud.
As violentas explosões deverão ter tido origem em materiais explosivos confiscados e armazenados há vários anos no porto da capital libanesa.
O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, revelou que cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amónio estavam armazenadas no depósito do porto de Beirute que explodiu.
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