"Foi uma luta de movimento antes de ser parlamentar e só foi uma luta parlamentar porque foi sempre luta de movimento. Foi e voltará a ser - e o compromisso do Bloco é voltar a estar nela por inteiro e voltar, agora sem o João [Semedo], a seguir a sua exigência de sermos ativistas da unidade para sermos ativistas das vitórias que mudam", garantiu.
Segundo Pureza, "houve uma esquerda que se juntou em nome dos direitos e da tolerância, mas houve também esquerda que falhou esta batalha, que quis ficar do lado do conservadorismo, que usou argumentos mais conservadores do que a direita encartada".
O vice-presidente da Assembleia da República referia-se ao PCP, que também votou contra a despenalização da morte assistida na passada sessão legislativa, juntamente com CDS-PP e grande maioria da bancada do PSD, mas também deputados do PS. Iniciativas do género sobre esta temática só serão admissíveis no parlamento na próxima legislatura, depois das eleições legislativas de 2019.
"E é com tudo o que aprendemos com esse povo que se levanta pelos seus, com tudo o que aprendemos com esses ativistas que abrem brechas de justiça lá onde a justiça parece mais blindada, é com todo esse saber acumulado que aqui vimos hoje dizer que agora é tempo da esquerda. Mais esquerda no país e na Europa", insistiu.
O vice-presidente da Assembleia da República tinha citado antes João Semedo e o seu elogio à organização da luta pela despenalização da morte assistida como "o melhor que tinha visto na política em Portugal e do melhor que o Bloco tinha feito".
"O João [Semedo] deu tudo por essa luta. Foi o mais incansável de nós todos, o mais sábio, ambicioso e prudente de nós todos. Com o seu entusiasmo e a sua incrível capacidade de unir gente diversa constitui-se um movimento social forte, diverso, arrojado, competente", recordou.
Comentários