O presidente e o senador Bernie Sanders argumentaram num artigo que os pacientes americanos pagam muito mais do que os do Canadá, Alemanha e Dinamarca por medicamentos como o Ozempic, para diabetes tipo 2, e o Wegovy, usado para tratar a obesidade e para perda de peso.
"Por que as pessoas em Burlington, Vermont, pagam muito mais pelo mesmo medicamento do que as pessoas em Copenhaga ou Berlim?", escreveram Biden e Sanders no artigo, publicado no USA Today.
De acordo com um estudo, a receita de um mês de Ozempic custa 936 doláres (870,55 euros) nos Estados Unidos, cinco e nove vezes mais do que no Canadá (169 dólares ou 157,18 euros) e na Alemanha (103 dólares ou 95,79 euros), respetivamente.
A Eli Lilly Pharmaceuticals também cobra "preços excessivamente altos" pelo Mounjaro, um medicamento semelhante ao Ozempic.
Esses "preços excessivos" tornam os medicamentos inacessíveis para milhões de americanos, acrescentou o texto de Biden e Sanders, que preside o comité de saúde do Senado.
"Se os preços desses medicamentos não forem substancialmente reduzidos, têm o potencial de colapsar o sistema de saúde dos Estados Unidos", acrescentaram o presidente e o senador. "Não permitiremos que isso aconteça".
Num comunicado enviado à AFP, a Novo Nordisk disse-se "dececionada de que um problema tão complexo e difícil seja simplificado (...) para fins políticos", ao mesmo tempo em que observou que o preço do Ozempic e do Wegovy diminuíram 40% desde o seu lançamento.
Enquanto isso, a Eli Lilly estimou que comparar os preços dos Estados Unidos com os de outros países não considera "os programas de acessibilidade" para certos pacientes.
Biden, que tentará a reeleição em novembro, concentrou a sua campanha na redução de custos no setor da saúde, que há muito sofre com o problema dos altos preços dos medicamentos prescritos.
O artigo foi publicado dias após o péssimo desempenho de Biden no primeiro debate presidencial contra o republicano Donald Trump, que provocou temores entre os democratas antes da eleição.
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