“Vimos informações muito confiáveis sobre ataques deliberados a civis que constituem crime de guerra”, afirmou, durante uma entrevista ao canal norte-americano CNN.
Segundo Blinken, os Estados Unidos estão “a examinar” essas informações.
O secretário de Estado dos EUA, que falava a partir da Moldávia, onde está depois de ter visitado a fronteira da Polónia com a Ucrânia, adiantou que a guerra poderá “durar algum tempo”, mas assegurou considerar que o Presidente russo, Vladimir Putin, “está condenado a perder” na Ucrânia.
“Ganhar uma batalha não é vencer a guerra. Conquistar uma cidade não significa que ele [Putin] conquiste o coração e a alma do povo ucraniano”, alegou Blinken, acrescentando que “o povo ucraniano já demonstrou que não permitirá que Vladimir Putin ou a Rússia o subjugue e governe”.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos anunciou hoje que pelo menos 364 civis ucranianos morreram e 759 ficaram feridos na sequência da invasão russa da Ucrânia, segundo o mais recente balanço divulgado.
O Alto Comissariado, que usa uma metodologia rigorosa e apenas reporta as vítimas que consegue confirmar, diz acreditar que os números reais são consideravelmente maiores, “especialmente em território controlado pelo Governo [ucraniano] e particularmente nos últimos dias”.
Isto porque “o fluxo de informações sofreu atrasos devido aos combates” em curso e “muitos pormenores sobre as vítimas ainda estão à espera de verificação”.
As autoridades ucranianas apresentaram números muito mais elevados, referindo que a Rússia já provocou mais de 2.000 mortos entre a população civil.
EUA estão a "trabalhar ativamente" num acordo para Polónia fornecer aviões a Kiev
Os Estados Unidos estão “a trabalhar ativamente” para concertar com a Polónia o envio de aviões de guerra para a Ucrânia, disse hoje o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, durante uma visita à Moldova.
“É impossível falar de um calendário, mas posso dizer que estamos a analisar o assunto muito, muito ativamente”, afirmou Blinken à imprensa.
De acordo com Blinken, os Estados Unidos estão em “conversações muito ativas com as autoridades ucranianas (...) para uma avaliação final das suas necessidades”.
“No decorrer desta avaliação, vamos ver o que nós, os nossos aliados e os nossos parceiros podemos fornecer” para fortalecer as defesas das forças ucranianas contra a invasão russa, acrescentou.
“Estamos agora a analisar ativamente a questão dos aviões que a Polónia pode fornecer à Ucrânia e a analisar como podemos compensar a Polónia se [o país] decidir avançar com esse fornecimento de aviões”, acrescentou o secretário de Estado.
Vários meios de comunicação norte-americanos avançaram a possibilidade de um possível acordo entre os Estados Unidos e a Polónia para Varsóvia fornecer à Ucrânia aviões de guerra da era soviética em troca de caças F-16 norte-americanos.
“Estamos a trabalhar com os polacos nesta questão e estamos a consultar os nossos aliados da NATO”, disse um responsável da Casa Branca, citado pelo Wall Street Journal (WSJ) e pela NBC.
Kiev tem pedido aos países ocidentais que forneçam assistência militar, incluindo aviões, para se defender contra a invasão russa.
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