O documento, a que a AFP teve acesso, é assinado pelos procuradores de La Paz, Jhimmy Almanza e Richard Villaca, e ordena que as forças de segurança “detenham e levem Juan Evo Morales Ayma à sede do Ministério Público”.
O ministro do Interior boliviano, Arturo Murillo, divulgou, entretanto, o mandado de detenção na rede social Twitter.
O Governo interino da Bolívia acusou, a 22 de novembro, o ex-Presidente Evo Morales, que na altura estava exilado no México, dos crimes de “sedição e terrorismo” por incitamento ao bloqueio de alimentos.
Na altura, o executivo interino divulgou uma gravação para sustentar a acusação.
No poder desde 2006, Evo Morales, o primeiro Presidente indígena da Bolívia, foi declarado vencedor para um quarto mandato consecutivo nas eleições de 20 de outubro, escrutínio que seria marcado por denúncias de fraude por parte da oposição boliviana.
Morales acabaria por renunciar ao cargo a 10 de novembro após três semanas de protestos contra a sua reeleição liderados pela oposição e depois de ter perdido o apoio do exército e da polícia.
O ex-Presidente boliviano, que denunciou que a proclamação da senadora Jeanine Añez como Presidente interina foi um “golpe de Estado”, seguiria depois para o México como exilado político.
Evo Morales chegou à Argentina na passada quinta-feira para estar mais perto da Bolívia e do seu partido.
Hoje, a partir de Buenos Aires, Evo Morales, que recebeu o estatuto de refugiado na Argentina segundo noticiou esta quarta-feira a agência espanhola EFE, pediu que o Papa Francisco “organize uma missão eleitoral” para, em conjunto com “organismos e instituições da Europa”, supervisionar as eleições no país anunciadas pelo Governo interino mas ainda sem data.
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