Edgar Silva fez questão de sublinhar que é nestes locais, nas zonas mais altas do concelho do Funchal, que reside “a grande maioria dos trabalhadores”.
O candidato considerou ser esta “uma iniciativa simbólica”, referindo que a CDU não foi à zona alta “apenas por ser campanha eleitoral”.
“Estamos aqui com as populações nas ultraperiferias sociais porque este é um compromisso da CDU ao longo de todo o ano”, realçou.
O dirigente comunista destacou que este é um “compromisso de luta para que não cheguem aqui apenas as migalhas do desenvolvimento”, acrescentando: “E às vezes nem aqui chegam”.
O cabeça de lista da coligação mencionou também que existe na Madeira “muita gente desiludida”, porque baseou as suas esperanças numa “mudança, mas sente uma desconfiança muito grande” ao constatar o incumprimento das promessas feitas mesmo com a alteração de partidos na Câmara do Funchal.
A coligação “Mudança”, encabeçada pelo PS, conseguiu em 2013 retirar o poder ao PSD no município, governado pelos sociais-democratas desde as primeiras eleições livres, tal como acontece com o Governo Regional. Em 2017, a coligação “Confiança”, também liderada pelo PS, venceu as eleições.
“Vão rodando nas cadeiras do poder e as ultraperiferias continuam a ser cada vez mais esquecidas”, declarou.
Edgar Silva disse que nas zonas altas do Funchal “continua a faltar o acesso de transportes públicos” e há problemas de saneamento básico e ao nível da habitação.
Por isso, a CDU quer passar a mensagem de que “se há tanta gente desiludida, porque o PSD e o PS prometeram e não cumpriram, anunciaram uma mudança e veio a desconfiança, este desalento não pode triunfar e a confiança não pode vencer”.
No seu entender, os que “prometeram a mudança traíram as populações” e é preciso agora um novo rumo.
“É por isso que estamos a apelar às pessoas para que, apesar do desalento, não desistam de lutar pelos seus direitos. E isso é possível tendo mais CDU”, sublinhou.
As eleições regionais legislativas da Madeira, onde os sociais-democratas governam com maioria absoluta, decorrem em 22 de setembro, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional: PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR.
Comentários