A iniciativa foi lançada no âmbito do Dia Mundial da Saúde Mental e tem como objetivo alertar os estudantes do ensino superior para a importância do diagnóstico precoce desta doença.
Segundo os promotores, a campanha vai decorrer com o apoio de doze associações de estudantes do ensino superior que, através das redes sociais e distribuição de panfletos, irão informar alunos, professores e não docentes para a correta identificação dos sinais de alerta mais comuns da referida doença.
A iniciativa vai decorrer online, tanto nas páginas de redes sociais da Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra, como das associações envolvidas, "através de uma rubrica de literacia para a PHDA com várias publicações ao longo do mês, nas quais serão tratados temas como o conceito da doença, sintomas mais comuns e formas de tratamento", referiu a fonte à agência Lusa.
A principal mensagem que a organização da campanha pretende passar "é a de que o diagnóstico e tratamento precoces da PHDA permitem uma melhoria da qualidade de vida do indivíduo, bem como do seu desempenho académico".
A PHDA é uma doença neuropsiquiátrica crónica na qual se verificam alterações no funcionamento cerebral e cognitivo, que resultam na desatenção, agitação motora e impulsividade invulgares para a idade do indivíduo.
"Estima-se que cerca de quatro por cento dos adultos sofre desta perturbação atualmente", referem os promotores em comunicado.
Segundo a nota, entre os sintomas mais comuns estão "a desorganização e incapacidade de foco, a inquietação motora, a tomada de decisões precipitadas, a dificuldade em realizar atividades que requeiram calma e esforço mental e a comunicação excessiva".
"Dado que o PHDA em jovens adultos se pode manifestar em contexto escolar/profissional, importa trabalhar no sentido de consciencializar as comunidades académicas para a correta identificação de uma doença que, quando não tratada, pode levar ao insucesso escolar, baixa autoestima, isolamento social, propensão para comportamentos de risco (consumo de drogas e álcool, gravidez não planeada, etc.), bem como ao risco de desenvolver outras doenças, como depressão ou transtornos de personalidade", explica no comunicado Joaquim Cerejeira, diretor clínico da UPPC.
A campanha envolve as associações académicas da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Santarém, da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, do Instituto Politécnico de Portalegre, da Escola Superior de Saúde do Politécnico de Leiria e da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto e da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Abrange ainda as associações da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, da Faculdade de Psicologia e do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, da NOVA Information Management School, do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra e o Núcleo de Estudantes de Medicina da Associação Académica de Coimbra.
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