Em comunicado, o clube de futebol do Estado de Santa Catarina, no sul do Brasil, informou que entrou com uma “ação de pedido indemnizatório, no qual figuram como réus Bisa Seguros (e Reaseguros) e órgãos do governo boliviano” no tribunal civil de Chapecó, cidade-sede da equipa.
A Chapecoense solicita “a condenação e o pagamento das indemnizações” devidas pela tragédia ocorrida a 28 de novembro de 2016, quando o avião no qual viajava a comitiva da equipa brasileira ficou sem combustível e se despenhou perto do aeroporto de Medellín (Colômbia), vitimando 71 dos 77 passageiros.
Na nota, o clube não especificou quais os órgãos do governo boliviano que estão incluídos na ação, mas prometeu dar mais pormenores em 1 de dezembro, no final da reunião do conselho de administração da Chapecoense.
BISA Seguros e Reaseguros foi contratado pela companhia boliviana Lamia e, em maio passado, alegou diante da Justiça que a apólice de seguros não estava em vigor no momento do acidente aéreo, por falta de pagamento.
Contudo, um mês depois, as autoridades bolivianas consideraram que a apólice era válida e defenderam que a seguradora estava obrigada a indemnizar as vítimas.
A seguradora já indemnizou os familiares dos membros da tripulação que morreram, mas as famílias das vítimas que integravam a delegação da Chapecoense não receberam qualquer valor até à data.
A entidade defende a tese de que a apólice não cobria viagens pata a Colômbia, mas contratou um importante escritório de advogados para gerir um fundo de “assistência humanitária” com 200.000 dólares (cerca de 168.600 euros) para cada família afetada.
No entanto, as famílias que aceitem esta indemnização perderão o direito de poder processar os eventuais responsáveis pela tragédia no futuro, quando terminarem as investigações, ainda a decorrer no Brasil, Bolívia e Colômbia.
A Chapecoense ia disputar a primeira mão da final da Taça Sul-Americana com os colombianos do Atlético Nacional. A bordo do avião, que realizou uma escala técnica na Bolívia, seguiam 77 pessoas, entre passageiros e tripulantes, das quais 71 morreram.
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