A Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) revelou esta quinta-feira que um funcionário e 59 reclusos estão infectados com o novo coronavírus no Estabelecimento Prisional de Lisboa.
A descoberta do surto aconteceu na sequência de uma comunicação à DGRSP de um caso positivo de um trabalhador nesse mesmo estabelecimento, o que levou a que fosse feita uma série de testes de diagnóstico à covid-19 dos reclusos, informa o organismo em comunicado.
Dos testes que se revelaram positivos, seis foram detetados em reclusos internados nos serviços clínicos do estabelecimento prisional.
“Em consonância com o plano de contingência, procedeu-se à testagem dos reclusos das alas H e C (cerca de 200) e dos trabalhadores identificados (cerca de 30) como tendo tido contactos suscetíveis de risco de contágio”, pode ler-se na nota.
Os resultados da testagem feita a 172 reclusos na quarta-feira revelaram a existência de um funcionário e de 59 reclusos positivos. Assim foi determinada “a afetação dos reclusos positivos, genericamente assintomáticos, a uma única Ala do Estabelecimento Prisional de Lisboa onde permanecerão em isolamento, separados da restante população prisional e sob vigilância e acompanhamento de pessoal clínico”.
“Em articulação com as autoridades de saúde pública vai proceder-se à testagem de todos os reclusos do Estabelecimento Prisional de Lisboa (cerca de 900) e a nova testagem de todos os seus trabalhadores (cerca de 240)”, indica a nota.
As atividades de formação escolar e profissional e de trabalho, bem como as visitas, com exceção das dos advogados estão suspensas, porém, os reclusos continuam a poder fazer chamadas telefónicas e a usufruírem de “recreio a céu aberto”.
Num balanço feito na quinta-feira à agência Lusa, os serviços prisionais informaram que no sistema prisional foram detetados 248 casos de covid-19, afetando 80 trabalhadores e 168 reclusos, dos quais 148 da cadeia feminina de Tires.
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