Neste momento existem “três casos confirmados” de infeção entre alunos do ensino secundário, em turmas que foram colocadas em isolamento “até aos dias 01, 03 e 04 de junho”, mas foram detetados contactos de alto risco com os infetados em, pelo menos, mais quatro turmas.
“Considerando a necessidade de manter as condições de segurança a todos os utentes, ficou determinada a passagem do 9.º ano e do ensino secundário, regular e profissional, para o ensino a distância durante os próximos dias”, explica um comunicado da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) enviado aos encarregados de educação.
O regime de ensino à distância continuará em vigor até serem conhecidos os resultados dos testes que vão ser realizados "nos próximos dias" a todos os alunos e professores das turmas em isolamento, após o que será feita uma reavaliação da situação.
Em declarações à agência Lusa, o diretor da Escola Secundária Gabriel Pereira explicou que, segundo “o critério das autoridades de saúde”, quando é detetado um aluno infetado com covid-19, “toda a turma e os seus professores devem ficar em isolamento”.
Nesse sentido, encontram-se, neste momento, “72 professores confinados”, o que torna “impossível manter o regime de substituições”.
“A capacidade de resposta do agrupamento para manter o regime de substituições foi largamente ultrapassada, não sendo possível manter a logística das mesmas, como também não há recursos humanos em número suficiente para o fazer”, justifica o comunicado da DGEstE, ao qual a Lusa teve acesso.
A escola onde foi detetado o surto continua, porém, a funcionar, nomeadamente “a educação de adultos, onde não se registou nenhum caso” e que “funciona num período diferente do dia e não houve quaisquer contactos” com os alunos infetados.
No entanto, algumas aulas da Escola Básica André de Resende, do mesmo agrupamento, vão ser dadas à distância nos próximos dias, nomeadamente pelos professores comuns aos dois estabelecimentos de ensino que se encontram confinados.
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