De cravo na lapela, o general Ramalho Eanes marcou presença, como habitualmente, tal como os antigos presidentes da Assembleia da República Ferro Rodrigues, Assunção Esteves e Mota Amaral.
Também o antigo primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão esteve na tribuna presidencial, da qual estiveram ausentes o ex-chefe do Governo António Costa e o ex-presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva.
Como fez desde que assumiu funções, em 2016, o Presidente da República passou revista às tropas em frente ao parlamento, ainda sem cravo, subiu as escadarias já levando na mão a flor-símbolo da Revolução, que habitualmente depois pousa na bancada.
Desta vez, entrou na sala de cravo na lapela, tal como o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e ao contrário do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que entrou no parlamento sem cravo e, no hemiciclo, levava esta flor na mão.
Também no Governo, as opções dividiram-se entre cravo na lapela - casos dos ministros Paulo Rangel, Pedro Duarte, Joaquim Miranda Sarmento, José Manuel Fernandes, Manuel Castro Almeida – ora mão, como António Leitão Amaro, Miguel Pinto Luz ou Margarida Blasco, ou sem cravo, como o líder do CDS-PP, Nuno Melo.
De cravo na mão, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, fez questão de cumprimentar, antes do início da sessão, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.
Entre as bancadas, o cravo foi presença obrigatória à esquerda, enquanto no grupo parlamentar do PSD as opções dividiram-se. Já no Chega, nenhum deputado tinha cravo, enquanto a bancada da IL optou, toda, por cravos brancos, uma alternativa já trazida em 2021 pelo então líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos.
O vice-presidente da bancada do PS Pedro Delgado Alves distribuiu por todos os lugares dos deputados socialistas a letra da Grândola Vila Morena, deixando antever que a esquerda repetirá a tradição de cantar, no final da sessão solene, uma das músicas que serviu de à Revolução, em 1974.
A tribuna dos oradores, a Mesa do presidente e “vices” está, como habitualmente, decorada com cravos, e cada um dos lugares reservados aos deputados, membros do Governo e convidados também tem uma flor símbolo da Revolução à sua espera.
No hemiciclo, a primeira a chegar foi Leonor Beleza, ex-ministra e atual conselheira de Estado, que, com um cravo na lapela e outro na mala, ocupou o seu lugar nas cadeiras dispostas em frente à tribuna reservada aos membros do Governo. Pouco depois, chegava a procuradora-geral da República, Lucília Gago, sem cravo.
A sessão solene dos 50 anos do 25 de Abril arrancou hoje mais tarde do que o habitual: pelas 11:33, já que, nesta data redonda de comemorações da Revolução, se realizou uma cerimónia militar, às 09:30, no Terreiro do Paço.
Em frente à Assembleia da República, desde as 10:00, a Guarda de Honra, constituída por um Batalhão, representando os três ramos das Forças Armadas, aguardava na Assembleia da República a chegada das altas individualidades, muitas delas vindas da cerimónia militar.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, chegou cinco minutos depois do que previa o protocolo, pelas 11:05, de mão dada com a mulher, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, cerca de 15 minutos depois.
Esta é a primeira sessão solene do 25 de Abril de Montenegro como chefe do Governo, sendo outra estreia a de José Pedro Aguiar-Branco como presidente da Assembleia da República, que hoje ainda irá participar no desfile da Avenida da Liberdade.
Depois de encerrada a sessão, a banda da Guarda Nacional Republicana, formada nos Passos Perdidos, executará o hino nacional e Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro, acompanhado por Aguiar-Branco, visitarão a exposição “A Nós a Liberdade”, organizada com a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, no Salão Nobre.
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