Desde a exibição do documentário "Al-Fayed: um predador no Harrods", mais "de 200 pessoas iniciaram um processo de acordo amigável de forma direta" com a loja de luxo, informou a marca em um comunicado enviado à AFP.

Associações de apoio especializado à vítima de violência sexual:

Quebrar o Silêncio (apoio para homens e rapazes vítimas de abusos sexuais)
910 846 589
apoio@quebrarosilencio.pt

Associação de Mulheres Contra a Violência - AMCV
213 802 165
ca@amcv.org.pt

Emancipação, Igualdade e Recuperação - EIR UMAR
914 736 078
eir.centro@gmail.com

Algumas mulheres são representadas pela equipa de advogados "Justice for Harrods Survivors", que informou na semana passada ter 71 clientes de todo o mundo no âmbito da sua ação.

Antes destas revelações, o Harrods tinha "chegado a um acordo" desde 2023 em "alguns litígios com mulheres por atos de comportamento sexual repreensível" por parte de Al Fayed.

Al Fayed morreu em agosto de 2023 aos 94 anos, o que acabou com a possibilidade de qualquer ação penal contra ele.

Nascido em 27 de janeiro de 1929 em um subúrbio humilde da cidade egípcia de Alexandria, passou grande parte da vida no Reino Unido.

Ali, tornou-se o proprietário do Harrods em 1985 e do clube de futebol Fulham FC entre 1997 e 2013, período em que o clube londrino foi finalista da Liga Europa, em 2010.

O bilionário vendeu a loja de departamentos em 2010 para o fundo Qatar Investment Authority, por 1,5 mil milhões de libras.

A BBC, que recebeu para o seu documentário o testemunho de cerca de 20 mulheres, anunciou, nesta quinta-feira, que foi contactada por outras 65 que acusam o magnata de estupro, intimidação e agressão sexual. Entre elas, 37 trabalhavam no Harrods na época.

Algumas denúncias remontam a 1977.

Al-Fayed era el pai de Dodi, que teve um relacionamento com a princesa Diana de Gales e morreu ao lado dela num acidente de trânsito em Paris em 1997.