O candidato, que falava à agência Lusa durante uma ação de contacto com a população no Funchal, salientou que a campanha foi “pouco esclarecedora” e “pouco propícia a debates entre as forças políticas, em relação aos objetivos”.

“Muita coisa ficou por esclarecer no que diz respeito ao desemprego, à demografia, às alterações climáticas, à agricultura, às pescas”, indicou.

Joaquim Sousa destacou também que o setor do turismo tem sofrido com algum abandono da rota por parte de uma série de companhias aéreas, devido à inoperacionalidade do aeroporto, o que vem prejudicar a economia regional.

“Não sabemos qual é o rumo dos restantes partidos, o que se propõem fazer. Efetivamente estas questões não foram respondidas nesta campanha, que acaba por ser uma campanha vazia onde o debate foi mais acusatório do que de propostas e de projetos”, frisou.

O cabeça de lista do Aliança às eleições da Madeira contou também à Lusa que durante os dias de campanha percebeu que as pessoas precisam de uma renovação na classe política.

“As pessoas têm medo do que pode acontecer, têm medo de falar, de ter opiniões diferentes. Disseram-nos que os partidos são todos iguais, […] que os políticos se governam a eles e só pensam no povo na altura da campanha eleitoral e que depois são todos iguais, só querem ir para o poleiro”, contou.

No seu entender, há uma necessidade de a política regional se abrir a uma “nova era”.

“Isto foi o que nos foi sempre passado ao longo dos dias”, disse, acrescentando que nenhum dos políticos do Aliança na Madeira tem qualquer historial ou participação política na sua vida.

As eleições regionais legislativas da Madeira decorrem no domingo, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional.

PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para estas eleições, com um círculo único.

Nas regionais de 2015, os sociais-democratas seguraram a maioria absoluta – com que sempre governaram a Madeira - por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.