"O princípio da escola democrática é um princípio básico na nossa Constituição e por isso devemos proporcionar a todos os professores direitos iguais de eleger e ser eleitos pelos órgãos de gestão das escolas e limitar a três os mandatos dos membros dos órgãos de gestão das mesmas", declarou.
No dia em que marcou o arranque do ano escolar 2019/2020 na Madeira, o Aliança esteve em diferentes escolas, contactando professores, encarregados de educação e alunos.
"Deve-se combater o assédio moral, retirando a Inspeção de Educação do gabinete do secretário regional e integrando-a na Inspeção Regional da Madeira, defendeu.
Joaquim Sousa indicou ainda que o "programa de recuperação do tempo de serviço deve ser efetivo, sem cotas, nem alíneas" e que a "avaliação do docente deve ser simplificada e envolver os órgãos de escola".
O candidato defendeu ainda que os docentes com mais de 55 anos devem ter acesso ao programa regional de pré-reforma, a contratação de mais funcionários para as escolas e que nas escolas, enquanto espaço de cidadania e justiça, "todos os docentes que nos últimos oito anos tiveram três contratos completos devem vincular imediatamente".
O professor Joaquim Sousa, que transformou a escola do Curral das Freiras numa das melhores do país e foi "punido" pela Secretaria da Educação madeirense, é o cabeça de lista do Aliança nas regionais de 22 de setembro.
Nascido em Évora, em novembro de 1973, Joaquim José Sousa, cresceu e viveu em Lisboa, tendo estudado na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Geografia, Estudos Europeus e Gestão e Administração Escolar.
Antes de ir para a Madeira, lecionou em estabelecimentos no continente e nos Açores, tendo criado a Associação Insular de Geografia e a Associação Científica do Atlântico.
Na Madeira, foi durante nove anos professor e presidente do conselho executivo da escola do Curral das Freiras, na zona rural do concelho de Câmara de Lobos, que estava no fim da tabela e acabou por ser considerada uma das melhores do país no 'ranking' de 2015, nos exames de Português e Matemática, mas divergências com a Secretaria da Educação da Madeira acabaram por o afastar.
Esta é a primeira vez que o Aliança concorre às legislativas madeirenses, que decorrem em 22 de setembro.
PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para estas eleições, com um círculo único.
Nas regionais de 2015, os sociais-democratas seguraram a maioria absoluta - com que sempre governaram a Madeira - por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.
Comentários