“Nós sentimos que, pela primeira vez desde que foi inaugurada a democracia na Madeira, estamos num momento único para terminar com o poder absoluto”, declarou Rui Barreto, numa iniciativa da campanha eleitoral nos arredores do Funchal.
O candidato centrista salientou que “o CDS é útil para travar esse poder absoluto” e que o partido “evita geringonças e não permitirá maiorias”.
Além disso, destacou, contribui para impedir “que a sociedade madeirense se radicalize, se transforme socialmente e, em vez de andar para a frente, ande para trás”.
Questionado sobre a possibilidade de uma coligação para a governação regional com o PS, Rui Barreto sublinhou que “o povo ainda não falou” e que quem vai votar domingo “não são os centros de sondagens”.
“O CDS concorre para estas eleições em segundo, é o segundo partido no parlamento. O PS é quarto. Muitos tratam o CDS de uma forma injusta, não reconhecendo o valor que tem”, argumentou.
Por isso, anunciou que, sendo uma pessoa “moderada, equilibrada, que sabe fazer as leituras das coisas”, apenas se vai pronunciar sobre este assunto depois das eleições, porque “primeiro o povo vai falar, vai dizer quem fica em primeiro, segundo ou terceiro”.
Contudo, num cenário de coligação, assegurou que o partido nunca abdicará de matérias como a reformulação do sistema de saúde, a devolução do rendimento à classe média e a colocação em prática do estatuto do cuidador informal.
O CDS não desiste também da revisão do modelo de operação portuária, que “vigora num sistema de monopólio há 21 anos” e segundo o qual “quem utiliza o porto comercial não paga pelo uso da infraestrutura”.
“Vamos fazer as coisas certas e só precisamos é de uma oportunidade”, declarou, apelando ao voto dos madeirenses e porto-santenses.
O também líder do CDS na Madeira considerou que “há muitas coisas para corrigir, muitas coisas para fazer, muitas coisas para melhorar, mas tem de ser feito com competência, com responsabilidade, moderação e equilíbrio”.
Durante a iniciativa de campanha, os candidatos foram entrando em estabelecimentos comerciais na rua onde está localizada a loja do futebolista Cristiano Ronaldo, distribuindo material de propaganda e apelando ao "voto útil" e na "mudança segura de que os madeirenses precisam".
O CDS teve um grupo parlamentar composto por sete deputados na legislatura que agora termina na Assembleia Legislativa da Madeira.
As eleições regionais legislativas da Madeira, onde os sociais-democratas governam com maioria absoluta, decorrem no domingo, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional: PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR.
Comentários