“Quem quer ganhar ao PS verdadeiramente deve aceitar esse acordo porque, pelas sondagens que existem, a não ser que haja uma grande volta, ninguém sozinho pode ter essa vitória”, respondeu Santana Lopes, quando questionado pelos jornalistas sobre a proposta do Partido Popular Monárquico para uma coligação entre os partidos de direita depois das eleições, uma vez que as sondagens antecipam uma vitória dos socialistas.
O também cabeça de lista por Lisboa considerou que “os que dizem que querem ganhar, mas não se unem” fazem apenas “conversa fiada”.
“A Aliança com certeza que está disponível, obviamente, é preciso negociar o acordo. Se houver uma maioria de 116 deputados deste lado, com certeza que está disponível para o fazer”, acrescentou, lembrando que já tinha feito anteriormente este apelo para uma junção de forças.
O antigo primeiro-ministro falava aos jornalistas na zona de Belém, em Lisboa, onde o partido assinalou o primeiro dia de campanha oficial com um convívio entre dirigentes e apoiantes.
A abertura da campanha “foi animadora” e, nestas das semanas “muito intensas”, a Aliança espera ter mais “acesso à comunicação com os portugueses do que na pré-campanha”, disse.
Pedro Santana Lopes destacou a intenção de o partido conseguir representação parlamentar e aproveitou para lembrar as propostas na área da saúde, entre as quais “o seguro de saúde para todos os portugueses, que se justifica inteiramente, dado o estado em que está o SNS [Serviço Nacional de Saúde]”.
“As pessoas demoram anos à espera de consultas e nós achamos que é justificável que quem paga imposto possa adquirir o seu seguro de saúde e depois descontá-lo na declaração de imposto”, sublinhou, acrescentando que quem está isento de IRS deve ter esse seguro providenciado pelo Estado.
Na ótica do líder da Aliança, esta medida faz com que as pessoas com menores recursos financeiros “possam ir ao privado quando o Serviço Nacional de Saúde não responde”.
Quem está doente “tem de ser tratado, seja no SNS, seja noutro sistema”, explicou Santana Lopes.
No que toca à reforma do sistema político, o partido defende a criação de um senado na Assembleia da República – com um número de deputados igual por cada distrito para criar “coesão territorial” - e a redução do número de deputados.
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