De acordo com uma investigação baseada numa filtração de dados dos serviços alfandegários, pelo menos nove clientes destas empresas possuem ligações diretas com a indústria militar russa ou com agências de informações, incluindo o Serviço Federal de Segurança (FSB).
Estas empresas de logística e transporte estão situadas no sudeste da Finlândia, perto da fronteira leste, e na cidade de Vantaa, onde se encontra o aeroporto de Helsínquia e grandes centros logísticos.
Entre os produtos exportados, diretamente para a Rússia ou através de países terceiros, encontram-se sensores, bombas de combustível, motores a gasóleo e equipamentos de transmissão, segundo os dados das alfândegas.
Foram ainda detetados dispositivos eletrónicos de uso militar e de informações, incluindo sintetizadores de frequência, acessórios para placas de circuitos, instrumento óticos e voltímetros.
A YLE assegura que foram encontrados produtos similares em equipamento e armamento russo destruídos no campo de batalha na Ucrânia, apesar de não ter sido determinado se foram fornecidos por empresas finlandesas.
Uma equipa internacional de investigadores considerou estes produtos, muitos incluídos nos pacotes de sanções ocidentais, como “componentes críticos” para a capacidade ofensiva do Exército russo.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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