Em declarações aos jornalistas à chegada ao Museu dos Coches, Rui Moreira destacou “as palavras sempre simpáticas” que o guitarrista dos Xutos e Pontapés tinha para com toda a gente.
“Houve uma altura da minha vida em que um familiar meu teve de ser também submetido a um transplante e, na altura, o Zé Pedro falou comigo e o que eu recordo são precisamente as suas palavras. Era uma pessoa fantástica”, afirmou.
O empresário salientou a humildade de Zé Pedro, afirmando que “o que gostava nele era a sua normalidade”. Como música favorita dos Xutos e Pontapés elegeu o Homem do Leme porque considerava que Zé Pedro era isso mesmo, o homem do leme.
Também Eduardo Ferreira, amigo de longa data dos Xutos e Pontapés com quem trabalhou 25 anos, homenageou Zé Pedro, lembrando o sorriso a disponibilidade e a simpatia do guitarrista.
“Amigo de toda a gente, a imagem que fica é aquele sorriso”, acrescentou.
O guitarrista dos Xutos e Pontapés morreu na quinta-feira, aos 61 anos. Zé Pedro estava doente há vários meses, mas a situação foi sempre mantida de forma discreta pelo grupo, só tendo sido assumida publicamente no passado dia 04 de novembro, no derradeiro concerto do músico, no fecho da digressão dos Xutos & Pontapés, no Coliseu de Lisboa.
No final na década de 1970, Zé Pedro, com Zé Leonel e Paulo Borges, criou a banda Delirium Tremens, que mais tarde passou a chamar-se Xutos & Pontapés, com a entrada de Kalú e de Tim, para o lugar de Paulo Borges.
O primeiro concerto dos Xutos & Pontapés realizou-se a 13 de janeiro de 1979, nos Alunos de Apolo, em Lisboa.
O funeral de Zé Pedro realiza-se hoje no cemitério dos Olivais.
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