“Neste momento, todos os focos de incêndio encontram-se em fase de rescaldo e vigilância ativa, nos concelhos da Calheta, Ribeira Brava, Câmara de Lobos [zona oeste] e Porto Moniz [costa norte]”, refere o Serviço Regional de Proteção Civil em comunicado emitido cerca das 19:30.

De acordo com a autoridade regional, duas escolas e o centro de saúde da Fajã da Ovelha, na Calheta, bem como o centro de saúde das Achadas da Cruz, no Porto Moniz, retomam a atividade na segunda-feira.

O comunicado atualiza o número de pessoas que receberam assistência médica na sequência dos incêndios, sobretudo por inalação de fumo, que passou de 72 às 13:00 para 77 às 18:00, mas sem registo de feridos graves.

“Estão empenhados 65 bombeiros de todas as corporações [nos trabalhos de rescaldo e vigilância], contando com o apoio de mais 45 profissionais do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, GNR, PSP e Forças Armadas, auxiliados por 14 veículos de combate a incêndios e 20 viaturas de apoio e logística”, lê-se na nota de imprensa.

O único meio aéreo que opera na Madeira e respetiva brigada helitransportada também estiveram no terreno e realizaram várias “descargas estratégicas em pontos fulcrais de atuação”.

O incêndio mais devastador deflagrou na freguesia dos Prazeres, na Calheta, na quarta-feira, e alastrou-se depois ao concelho vizinho do Porto Moniz.

Na noite de sexta-feira para sábado, deflagrou um novo incêndio no sítio dos Terreiros, nas zonas altas do concelho da Ribeira Brava, que se estendeu à área florestal da freguesia do Jardim da Serra, já no município de Câmara de Lobos.

O suspeito de ter ateado o incêndio florestal no concelho da Calheta, detido pela Polícia Judiciária em flagrante delito na sexta-feira, foi ouvido no sábado em tribunal e ficou em prisão preventiva, uma medida de coação substituída por internamento numa instituição de saúde mental.

Três regiões do arquipélago da Madeira — costa norte, costa sul e Porto Santo — continuam hoje sob aviso meteorológico laranja devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima, que diariamente ultrapassa os 30 graus.

O arquipélago encontra-se sob aviso laranja, hoje com exceção das zonas montanhosas, desde a primeira semana do mês devido ao tempo quente, situação que potenciou a ocorrência dos incêndios.