“O Estado não tinha e não tem interesse em fazer exercer o direito de preferência”, disse o ministro, salientando que se o tivesse feito “teria de desembolsar à cabeça 2,2 mil milhões de euros, sem garantia de ser ressarcido de tal quantia noutro concurso de concessão”.
Estas afirmações foram proferidas hoje pelo ministro do Ambiente durante uma audição na comissão parlamentar de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território sobre a operação de venda de seis barragens na bacia do Douro pela EDP à Engie e sobre o não pagamento do Imposto do Selo.
Além de Matos Fernandes, também o ministro das Finanças foi chamado ao parlamento para dar explicações, na sequência de um requerimento do Bloco de Esquerda.
Na exposição inicial, a deputada do BE Mariana Mortágua questionou o Governo porque motivo não tinha exercido o direito de preferência neste negócio.
Em 13 de novembro de 2020, foi anunciado que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tinha aprovado a venda de barragens da EDP (Miranda, Bemposta, Picote, Baixo Sabor e Foz-Tua) à Engie.
A EDP concluiu, em 17 de dezembro, a venda por 2,2 mil milhões de euros de seis barragens na bacia hidrográfica do Douro a um consórcio de investidores formados pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova.
O presidente executivo da EDP foi ouvido na semana passada nesta comissão na sequência de um requerimento do PSD.
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