Este pacote inclui 466 milhões de euros em novos fundos de “assistência energética” e a “redistribuição” de 302 milhões de euros de “fundos previamente anunciados” para, em conjunto, “reparar infraestruturas ucranianas danificadas durante a guerra com a Rússia”.

Esta verba, proveniente da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), servirá também para “expandir a capacidade de produção de energia da Ucrânia, incentivar o investimento do setor privado e proteger as infraestruturas energéticas do país”.

Outros 353 milhões de euros serão destinados à assistência humanitária a refugiados ou pessoas deslocadas internamente que tenham sido “afetadas pela guerra da Rússia contra o povo ucraniano”, sob a forma de assistência alimentar, abrigo, serviços médicos e de higiene.

Kamala Harris avançou também com mais 280 milhões de euros, em colaboração com o Congresso e Departamento de Estado dos Estados Unidos, que se destinam para prestar “assistência à segurança civil” e que inclui “equipamento que salva vidas” para que os agentes da guarda fronteiriça e das forças de segurança possam “operar em segurança na frente de guerra”.

A vice-presidente dos Estados Unidos fez este anúncio logo após ter aterrado na Suíça, juntamente com o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, para participar na Cimeira para a Paz na Ucrânia, na cidade de Lucerna.

A Suíça acolhe entre hoje e domingo a Conferência para a Paz na Ucrânia, que juntará representantes de mais de 90 países e organizações, incluindo Portugal, mas não da Rússia nem da China, entre outros ausentes de peso.

O objetivo da reunião, organizada pela Suíça na sequência de um pedido nesse sentido do Presidente ucraniano, é “inspirar um futuro processo de paz”, tendo por base “os debates que tiveram lugar nos últimos meses, nomeadamente o plano de paz ucraniano e outras propostas de paz baseadas na Carta das Nações Unidas e nos princípios fundamentais do direito internacional”.

Zelensky manifestou-se convicto de que “vai ser feita história” na Cimeira para a Paz, fazendo votos para que os esforços conjuntos a nível global garantam uma “paz justa tão cedo quanto possível”.

A Rússia ocupa cerca de 20% do território ucraniano desde a ofensiva militar lançada em fevereiro de 2022.