Segundo a Casa Branca, entre os libertados estão 13 membros da organização evangélica radicada no Texas Mountain Gateway, leigos católicos, estudantes e outras pessoas que o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, e a sua mulher e vice-presidente Rosario Murillo "consideram uma ameaça ao seu regime autoritário".

A libertação ocorreu por razões humanitárias, segundo o conselheiro de Segurança da presidência dos EUA, Jake Sullivan, que declarou que Washington "agradece a liderança e a generosidade do governo da Guatemala por ter concordado generosamente em receber estes cidadãos nicaraguenses", acrescenta.

Quando chegarem à Guatemala, eles poderão "solicitar vias legais para reconstruir as suas vidas nos Estados Unidos ou noutros países através da iniciativa do Gabinete de Mobilidade Segura", afirma.

Washington fez um apelo ao governo da Nicarágua para que "acabe imediatamente com as detenções e prisões arbitrárias dos seus cidadãos pelo simples exercício de suas liberdades fundamentais".

O governo de Ortega reprimiu duramente os críticos após os protestos pró-democracia de 2018, que deixaram mais de 300 mortos ao longo de três meses, segundo a ONU.

Em 2023, Manágua libertou, expulsou e confiscou a nacionalidade e os bens de 316 políticos, jornalistas, intelectuais e ativistas críticos, a quem acusou de traição.

Também atacou a Igreja Católica e fechou cerca de 5.500 ONGs, muitas delas religiosas.

Em comunicado, o presidente Joe Biden e a vice-presidente e candidata democrata às eleições de novembro, Kamala Harris, agradecem ao presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo "pela sua liderança contínua em toda a região na abordagem de questões humanitárias e na defesa da liberdade democrática".