“O Departamento de Justiça está mais empenhado do que nunca em cortar o fluxo de fundos ilegais que alimentam a guerra de Putin e em responsabilizar aqueles que continuam a permitir isso”, sublinhou o secretário da Justiça dos EUA, Merrick Garland, citado num comunicado.
A dois dias do segundo aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia, Merrick Garland anunciou várias medidas tomadas pelo seu ministério “para processar” e “apreender os bens” destes elementos-chave para o Kremlin (presidência russa) e para o Exército russo.
De Nova Iorque à Florida, foram instaurados processos contra vários oligarcas russos, incluindo Andreï Kostin.
O patrão do VTB, o segundo maior banco russo, é acusado, entre outras coisas, de lavagem de dinheiro e de ter contornado sanções para a manutenção de dois “super iates”, avaliados juntos em mais de 135 milhões de dólares (127 milhões de euros, à taxa de câmbio atual), segundo o Departamento da Justiça.
Michael Khoo, codiretor do ‘grupo de trabalho KleptoCapture do Departamento de Justiça, realçou, numa conversa telefónica com jornalistas, que o anúncio pretende enviar uma mensagem ao presidente russo Vladimir Putin de que os Estados Unidos não vão desistir, enquanto a guerra continuar.
A KleptoCapture impõe as restrições económicas dentro dos EUA aplicadas à Rússia e aos oligarcas.
O Departamento de Justiça afirma que nos últimos dois anos obteve ordens judiciais para a contenção, apreensão e confisco de quase 700 milhões de dólares (646 milhões de euros) em bens e acusou mais de 70 pessoas por violarem sanções e controlos de exportação.
Os Estados Unidos e a União Europeia aplicaram uma bateria de sanções contra Moscovo desde o início da guerra após a invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.
O presidente dos EUA Joe Biden prometeu anunciar esta sexta-feira “grandes sanções” contra a Rússia, em resposta à morte, na semana passada, na prisão, de Alexei Navalny, o principal opositor do Kremlin.
A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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