“As eleições, para as quais o regime inabilitou legalmente os partidos da oposição, foram profundamente irregulares”, escreveu a embaixada norte-americana na sua conta da rede Twitter.
A representação diplomática sublinhou ainda que os EUA apoiam “quem está comprometido com a democracia” e pediu ao Governo para que restabeleça “a democracia a Venezuela”.
De acordo com dados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, no poder) ganhou 142 dos 156 círculos eleitorais por partidos e 449 de 467 dos candidatos nominais.
Apenas 27,4% de mais de 20,7 milhões de eleitores votaram e 72,6% abstiveram-se, indicaram.
Neste escrutínio, a oposição venezuelana defendeu a abstenção nestas eleições, uma vez que os principais partidos opositores foram impedidos pelo CNE de participar por não terem participado nas presidenciais de maio passado.
“Para nós, isto não foi uma eleição (…) já não prestamos atenção aos resultados. Sabemos que no passado o CNE inventou números de acordo com a sua conveniência”, disse aos jornalistas o deputado opositor Juan Andrés Mejía, do partido Vontade Popular, cujo líder Leopoldo López está preso.
Segundo Mejía, as eleições de domingo foram “mais um episódio”, em que a oposição defendeu a abstenção por considerar que o regime está a minar “o direito de escolha dos venezuelanos”.
Por outro lado, o ex-candidato presidencial Henrique Capriles, do partido Primeiro Justiça, disse aos jornalistas que “lamentavelmente perdeu toda a Venezuela”.
O Primeiro Justiça continua empenhado na na construção de um caminho que leve “à reconstituição” do poder no país, afirmou.
Os partidos opositores Ação Democrática (o mais antigo) e Um Novo Tempo foram impedidos pelo CNE de participarem nestas eleições por se terem retirado das presidenciais, em que Maduro foi reeleito para um novo mandado (2019-2025).
Já o partido Primeiro Justiça e o Vontade Popular não participam nas eleições, que consideram “uma farsa” do Governo de Maduro.
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