“Monitorizaremos de perto os resultados desta investigação”, garantiu hoje o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em declarações aos jornalistas.
Miller sublinhou que os Estados Unidos continuarão “a enfatizar a Israel a sua obrigação de cumprir integralmente o direito humanitário internacional, de minimizar o impacto das suas operações sobre os civis e de maximizar o fluxo de assistência humanitária aos necessitados”.
O porta-voz do Departamento de Estado reiterou ainda que “Israel tem o direito de perseguir os terroristas do Hamas responsáveis pelo assassinato a sangue frio de civis, como parece ter sido o caso aqui, e o Hamas deveria parar de se esconder atrás de civis em Gaza”.
Desde os primeiros relatos do ataque, Washington expressou as suas preocupações às autoridades israelitas, acrescentou.
De acordo com Israel, o Exército visou e matou dois altos funcionários do Hamas de Rafah durante o ataque de domingo, após o qual eclodiu um incêndio que devastou um campo para palestinianos deslocados localizado “a uma distância” do local atingido.
O Exército israelita atribuiu o incêndio à explosão de munições armazenadas em instalações do movimento islamita palestiniano Hamas próximas das que bombardeou.
Já a Defesa norte-americana (Pentágono) frisou hoje que Washington continua a acreditar que a operação israelita em Rafah continua limitada, apesar do recente ataque mortal.
A Casa Branca referiu, na semana passada, que considerava a operação militar israelita em Rafah “direcionada e limitada”, mas o Presidente Joe Biden ainda não comentou o ataque de domingo.
“Levamos muito a sério o que aconteceu neste fim de semana. Todos nós vimos as imagens, elas são absolutamente horríveis. Apoiamos o que aconteceu neste fim de semana? É claro que não queremos ver esse tipo de morte”, referiu Sabrina Singh, vice-porta-voz do Pentágono, durante uma conferência de imprensa.
Questionada sobre a presença de tanques israelitas no centro de Rafah, segundo testemunhas, Sabrina Singh repetiu: “Nada mudou em relação ao que já disse. Ainda acreditamos que se trata de uma operação limitada”.
Primeiro apoiante diplomático e militar de Israel, Joe Biden advertiu repetidamente contra uma grande ofensiva em Rafah, enquanto a Faixa de Gaza é devastada por mais de sete meses de guerra.
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