“O Comando da Zona Aérea questionou o 65th Air Base Group (65th ABG) sobre a existência e validade do “2015 Water Drinking Quality Report”. Em resposta, estes informaram que se trata de um documento interno, cujos resultados não foram obtidos em laboratório certificado”, refere a Força Aérea em comunicado.
Segundo o documento, as “análises oficiais, essas sim realizadas em entidades certificadas, de 2015 até à presente data, comprovam a boa qualidade da água para consumo”.
A Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos dos Açores (ERSARA) revelou hoje que vai solicitar esclarecimentos ao comando da Base Aérea n.º 4, nas Lajes, sobre a qualidade da água fornecida ao Bairro de Santa Rita.
A medida surge na sequência de uma notícia do jornal Expresso citando um relatório da Força Aérea norte-americana, que deteta valores de produtos químicos e metais pesados acima dos limites permitidos na água fornecida na base das Lajes.
O jornal revela ainda e-mails da Força Aérea Portuguesa (FAP) a recomendar que os militares e os funcionários portugueses da base das Lajes não consumissem água sem a ferver, por se encontrar “imprópria para consumo”.
Em relação aos e-mails enviados pela Força Aérea aos militares e civis da Base Aérea n.º4, o documento explica que foram 10 e que “não estão relacionados com a rede de distribuição do 65th ABG”.
“A rede da BA4 e a do 65th ABG são independentes e com pontos de captação distintos. O envio destes emails deveu-se a uma medida de precaução após a receção de resultados de análises à qualidade da água, realizadas em julho de 2017, nas quais foi evidenciada uma contaminação de origem bacteriana na água distribuída à área edificada sob responsabilidade da Força Aérea, com origem no interior da própria rede”, esclarece.
A Força Aérea salienta que após a localização e delimitação das áreas afetadas, a rede sofreu as intervenções necessárias para erradicação da contaminação.
“Após estas intervenções, a qualidade da água regressou aos padrões normais de qualidade. Não foi registada qualquer ocorrência do foro sanitário entre os militares e civis da BA4 decorrente desta situação”, conclui.
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