“Na região de Kursk os russos estão muito preocupados porque foram atacados de várias direções e isso surpreendeu-os”, disse o chefe do Centro de Combate à Desinformação da Ucrânia, Andrei Kovalenko.

“As forças de defesa estão a trabalhar”, afirmou, citado pela agência espanhola EFE.

Também Andri Yermak, chefe de gabinete do Presidente Volodymyr Zelensky, escreveu nas redes sociais que havia “boas notícias” de Kursk.

“A Rússia está a ter o que merece”, afirmou Yermark.

O Estado-Maior da Ucrânia ainda não se pronunciou sobre a nova ofensiva.

No relatório de guerra divulgado hoje de manhã, referiu apenas que, no último dia, a Rússia atacou 33 vezes as posições ucranianas em Kursk, disparou 336 projéteis de artilharia, efetuou 17 ataques aéreos e lançou 25 mísseis antitanque.

O Ministério da Defesa russo disse num comunicado que o exército repeliu hoje um ataque ucraniano com 15 veículos blindados na região de Kursk.

“O inimigo, para deter o avanço das forças russas no setor de Kursk, tentou realizar um contra-ataque com um grupo de assalto composto por dois tanques, um veículo de engenharia e doze veículos blindados de combate na direção de Khutor Berdin”, afirmou.

De acordo com o ministério, “a artilharia e a aviação do agrupamento militar Sever (Norte) atacaram o grupo de assalto das Forças Armadas da Ucrânia”.

“Dois tanques, o veículo de engenharia e sete veículos blindados de combate foram destruídos. A operação para destruir as formações militares ucranianas continua”, acrescentou.

A Ucrânia entrou em Kursk em agosto passado e, no espaço de um mês, assumiu o controlo de 1.100 quilómetros quadrados.

Após cinco meses de combates, uma contraofensiva russa, com a ajuda de milhares de soldados norte-coreanos, conseguiu reconquistar mais de metade do território ocupado pelas tropas ucranianas.

Kursk faz fronteira com a região de Sumy, no nordeste da Ucrânia.

De acordo com o portal de informação militar ucraniano “Militarnyi”, cerca de 460 quilómetros quadrados permaneciam sob o controlo das forças de Kiev em Kursk no final de 2024.

As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de forma independente de imediato.

A guerra foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia ordenada em fevereiro de 2022 pelo Presidente Vladimir Putin para “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho.

Desconhece-se o número de vítimas civis e militares em quase três anos de combates, mas diversas fontes, incluindo a Organização das Nações Unidas, têm admitido que será elevado.