Valls, que dirigiu o Governo francês entre 2014 e o final de 2016, proclamou vitória na prefeitura de Evry, da qual foi presidente da Câmara, entre gritos de protesto de numerosos cidadãos que pediam a anulação da votação.
Depois do seu anúncio, a candidata do partido de extrema esquerda França Insubmissa Farida Amrani reivindicou a vitória frente a Manuel Valls e disse haver “muitas suspeitas sobre a contagem dos votos de Evry”.
“É difícil de constatar a vitória do ex-primeiro-ministro, nós também a reivindicamos” disse Farida Amrani à BFM TV.
“Constatámos irregularidades em algumas mesas de voto, faremos o que for necessário amanhã. Hoje à noite reivindicamos vitória”, acrescentou.
O ex-primeiro-ministro candidatou-se sem o apoio de qualquer partido político, uma vez que o Partido Socialista se negou a conceder-lho após anunciar o seu apoio ao candidato Emmanuel Macron durante as presidenciais.
O partido do Presidente, por seu lado, recusou-se a apoiar Valls por ter sido já eleito três vezes.
Valls tinha ganho a primeira volta com um quarto dos votos e, segundo anunciou no seu discurso, hoje terá ganho por 139 votos.
“Quero ser útil ao presidente, para que tenha êxito no seu mandato, mas também para o país, para lutar contra as diferentes fraturas que existem”, afirmou.
O partido do Presidente francês, Emmanuel Macron, terá obtido hoje a maioria absoluta, entre 355 e 425 assentos, num total de 577, segundo as sondagens à boca da urna.
A abstenção atinge mais de 56%, um recorde para uma segunda volta das legislativas.
O partido de direita Os Republicanos terá obtido 97 a 130 lugares e o Partido Socialista entre 27 e 49, enquanto a extrema direita garantiu a eleição de quatro a oito deputados e a esquerda radical (França Insubmissa e Partido Comunista) um total de 10 a 30 assentos.
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