O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos disse que a tempestade teve ventos máximos sustentados de 260 quilómetros por hora, estava centrada a cerca de 130 quilómetros a sudoeste de Porto Cabeças, também conhecido como Bilwi, na Nicarágua, e move-se rapidamente para oeste a 15 quilómetros por hora.
O Iota é a 30.ª tempestade que recebeu um novo nome durante esta temporada de furacões no Atlântico, o que constitui um recorde. É também a nona tempestade a intensificar-se rapidamente esta temporada, um fenómeno perigoso que está a acontecer cada vez com mais frequência.
Essa atividade fez com que as atenções se focassem nas mudanças climáticas, que os cientistas dizem que estão a causar tempestades mais húmidas, fortes e destrutivas.
Há menos de duas semanas, o Eta atingiu a Nicarágua como um furacão de categoria 4, matando pelo menos 120 pessoas, enquanto as chuvas torrenciais causaram inundações e deslizamentos de terras em partes da América Central e o México.
Em seguida, serpenteou por Cuba, o arquipélago norte-americano de Florida Keys e ao redor do Golfo do México, antes de voltar para a costa perto da Florida e dos Estados da Carolina do Norte e do Sul.
Estava previsto que o Iota provocasse chuvas de 200 a 400 milímetros por metro quadrado no norte da Nicarágua, Honduras, Guatemala e sul do Belize, com até 750 milímetros em pontos isolados.
A Costa Rica e o Panamá também podem sofrer chuvas fortes e possíveis inundações, segundo o centro de furacões.
O furacão Eta foi a 28.ª tempestade nomeada deste ano, batendo o recorde de 2005. Theta, a 29.ª, dissipou no domingo a leste do Oceano Atlântico.
Nas últimas décadas, os meteorologistas têm-se preocupado mais com tempestades como a Iota, que aumentam de velocidade muito mais rápido que o normal, o que levou à criação de um limite oficial para essa rápida intensificação — uma tempestade que ganhe 56 quilómetros por hora em velocidade de vento em apenas 24 horas. O Iota duplicou essa velocidade.
No início deste ano, as tempestades Hannah, Laura, Sally, Teddy, Gamma, Delta, Zeta e Iota intensificaram-se rapidamente, enquanto as Laura e Delta empataram ou estabeleceram recordes de intensificação rápida.
Cientistas de clima e de furacões da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica estudaram o efeito e descobriram que “muito disso tem a ver com as mudanças climáticas causadas por humanos”.
Esta é a primeira vez que o Atlântico teve dois grandes furacões, com ventos superiores a 177 quilómetros por hora, em novembro, com o Iota e Eta, segundo o investigador de furacões da Universidade do Estado do Colorado Phil Klotzbach.
O fim oficial da temporada de furacões é no dia 30 de novembro.
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