"As vítimas que conheci e as histórias pessoais que ouvi ajudaram-me a compreender, modestamente, a traição destas crianças pelas mãos de instituições que deviam protegê-las", declarou o primeiro-ministro.
O pedido oficial de desculpas está marcado para o dia 22 de outubro em Canberra, acrescentou.
Após uma década de revelações, o Governo australiano sucumbiu à pressão e criou, em 2012, uma Comissão Real de Inquérito para responder institucionalmente a crimes de pedofilia.
Desde então, a Comissão Real foi contactada por mais de 15.000 pessoas que dizem ter sido vítimas de atos de pedofilia em instituições governamentais e privadas, tais como a Igreja, orfanatos, clubes desportivos, escolas e organizações juvenis.
Mais de quatro mil instituições foram implicadas no processo, incluindo muitas entidades católicas, nestes testemunhos ouvidos por vezes em audiências públicas, outras à porta fechada.
A Comissão Real fez 409 recomendações, incluindo a criação de um sistema nacional de apoio às vítimas para lhes proporcionar assistência psicológica e compensação financeira.
A Igreja australiana anunciou, no final de maio, que participará no sistema nacional de compensação para as vítimas de crimes de pedofilia.
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