Esta posição foi defendida pelo secretário da Economia do Executivo regional catalão (Generalitat), Pere Aragonès, numa alusão ao decreto que pretende facilitar a mudança de sede social das empresas sem necessidade de submeter esta decisão à assembleia de acionistas.
Em várias mensagens, através da sua conta na rede social Twitter, Aragonès salientou que a decisão demonstra que o Executivo espanhol “vê a independência da Catalunha perto” e, por isso, “pretende “castigar a economia catalã”, o que considerou ser uma “total irresponsabilidade”.
Fontes do departamento de Economia da Generalitat disseram à Efe que o Governo continuará a “trabalhar com os bancos” onde quer que tenham a sua sede social.
O Governo catalão considera que a decisão adotada hoje pelo Banco Sabadell de mudar a sede social para Alicante e a possibilidade do CaixaBank, que controla o BPI, avançar no mesmo sentido são acordos que, na prática, têm um impacto económico mínimo.
O Sabadell, segundo a Efe, informou o Governo catalão da decisão de mudar a sua sede social antes da aprovação, sendo que o CaixaBank também tem tido contacto com o Executivo.
O objetivo do Executivo espanhol é que o decreto-lei inclua uma nova disposição que modifique a Lei das Sociedades de Capital, permitindo agilizar a mudança de sede de uma empresa, refere a Efe.
Em maio de 2015, perante o interesse de várias empresas em mudar a sua sede social para outras comunidades autónomas, o Governo de Mariano Rajoy aprovou uma disposição adicional que reconhecia que, “salvo disposição contrária dos estatutos, o órgão de administração será competente para trocar o domicílio social dentro do território nacional”.
Os receios perante uma proclamação unilateral de independência por parte da Generalitat aumentaram nos últimos dias nas empresas catalãs cotadas em bolsa.
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