“A região do Médio Oriente e do norte de África é extremamente vulnerável aos efeitos das alterações climáticas”, alertou a Greenpeace num relatório hoje divulgado, advertindo ainda para um “risco muito elevado de escassez de água” com “impactos negativos na agricultura e na saúde humana”.
O novo estudo, que confirma que a região tem vindo a aquecer a um ritmo acelerado de 0,4 graus Celsius por década desde os anos 80, “quase o dobro da média global”, centra-se em seis países – Líbano, Argélia, Egito, Tunísia, Marrocos e Emirados Árabes Unidos.
A ONG adverte que, em alguns locais da região, as temperaturas máximas podem exceder os 56 graus Celsius.
Com mais de 400 milhões de habitantes, os países do Médio Oriente e norte de África são fortemente dependentes das importações de alimentos, situação que poderá ser exacerbada em caso de seca e escassez de água.
Os agricultores e as pessoas mais pobres são “particularmente vulneráveis ao aumento da temperatura, à escassez de água e a eventos climáticos extremos”, devido aos seus baixos rendimentos e à sua dependência “desproporcionada” da agricultura local, disse a Greenpeace.
Os países produtores de petróleo da região, liderados pela Arábia Saudita e pelos Emirados Árabes Unidos, prometem alcançar a neutralidade carbónica e investir mais em energias alternativas.
O Egito acolhe a conferência da ONU sobre o clima COP27 de 06 a 18 de novembro em Sharm el-Sheikh. A próxima edição, COP28, terá lugar nos Emirados Árabes Unidos em 2023.
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