O espaço de diversões, promovido pela APIC, conta com oito equipamentos e está instalado no parque de estacionamento da Avenida de Espanha (popularmente conhecido como Parque das Gaivotas), num recinto com cerca de três mil metros quadrados, enquadrado pela praia da Figueira da Foz, Torre do Relógio, rio Mondego e Forte de Santa Catarina.
Em declarações à agência Lusa, Luís Paulo Fernandes, presidente da APIC, destacou a importância da retoma da atividade por parte dos empresários de diversões, lembrou as manifestações de protesto que estes promoveram, nos últimos dois meses, em defesa do regresso ao ativo, e sublinhou o apoio deste município litoral do distrito de Coimbra.
"A Câmara da Figueira foi uma das primeiras que nos acolheu, logo em maio, nos recebeu em reunião e nos disse ‘se os senhores conseguirem autorização do Governo, se conseguirem apresentar uma proposta de um parque de diversão distinto do que tem acontecido na Figueira e no país, e se conseguirem trazer uma grande roda de alguma dimensão europeia, cá estaremos para vos tentar apoiar’. E assim foi", declarou o empresário.
Na visita efetuada ao espaço, a reportagem da agência Lusa constatou os últimos preparativos antes da abertura do parque de diversões - agendada para as 18:00 de hoje - concretamente as medidas a sanitárias tomadas, com pintura no pavimento de circuitos de entrada e saída nos equipamentos e a observação de uma distância de cerca de cinco metros nos corredores de circulação entre os carrosséis, permitindo "que não haja ajuntamento de pessoas", disse Luís Paulo Fernandes.
As propostas de diversão incluem vários carrosséis tradicionais, uma pista de carros de choque para adultos e outra para crianças e um escorrega "sem água" para os mais velhos, mas também para os mais pequenos (que faz uso de uma espécie de saco em forma de tapete com pegas laterais que permite deslizar rampa abaixo).
No entanto, a "joia da coroa" do parque é a roda gigante, com mais de 30 metros de altura, branca, decorada com luzes ‘led' de várias cores "e um fundo azul", que possui cabines individuais envidraçadas com ar condicionado e proteção contra raios ultravioletas (UV), possibilitando uma visão panorâmica "virada à avenida, virada ao rio e ao mar".
O equipamento "demorou três dias a montar", tem acesso e lugares específicos para cidadãos com mobilidade condicionada e uma capacidade entre as 120 e 160 pessoas.
"Se forem pessoas da mesma família, segundo as regras sanitárias vigentes, podem andar quatro numa cabine. Se não, só podem ir duas", indicou o presidente da APIC.
O equipamento de diversão, propriedade de um empresário de Silves, no Algarve, é recente, "tem cerca de um ano e meio" e é "algo muito diferente" do que existe "habitualmente no país", notou Luís Paulo Fernandes.
"Todos nós temos despesas, mas todos nós estamos a ajudar às despesas do proprietário da grande roda para a poder ter aqui. Havia um aliciamento de praias de Itália e de Espanha [para a roda ir para lá], mas quisemos aproveitar esta oportunidade", argumentou.
O parque envolve "nove ou dez famílias, cerca de 30 pessoas" responsáveis pelo funcionamento das diversões. Irá laborar diariamente, para já entre as 14:00 e as 23:00, durante pouco mais de dois meses, até final de setembro, de acordo com o licenciamento da autarquia da Figueira da Foz, que o isentou de taxas e apoia com o fornecimento de água e eletricidade.
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