No âmbito da trégua, 42 reféns sequestrados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro, mulheres, crianças, idosos e enfermos podem ser libertados.
A fonte, que falou sob condição de anonimato, disse que entre 20 e 50 prisioneiros palestinianos atualmente nas prisões israelitas seriam libertados por cada refém.
Israel calcula que 130 reféns sequestrados pelo movimento islamista no seu território em 7 de outubro continuam retidos em Gaza e que 32 terão sido mortos.
No total, o Hamas, que executaram um ataque surpresa na data contra o sul de Israel, sequestraram mais de 250 pessoas e levaram-nas para Gaza. Na ação, pelo menos 1.160 pessoas foram assassinadas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseada em dados divulgados pelas autoridades de Israel.
A resposta israelita deixou mais de 31.000 mortos na Faixa e provocou uma situação humanitária extrema, com centenas de milhares de pessoas à beira da fome.
Numa primeira trégua, no final de novembro, dezenas de reféns, incluindo alguns estrangeiros, e prisioneiros palestinianos detidos em prisões de Israel foram libertados.
Se a nova trégua de seis semanas for concretizada, o movimento islamita também exigirá a "retirada do Exército de todas as cidades e zonas residenciais, o retorno dos deslocados sem restrições" e a entrada de pelo menos 500 caminhões de ajuda humanitária por dia, segundo a fonte do Hamas.
Ao final da primeira fase, o Hamas quer alcançar "uma troca global de prisioneiros", que incluiria a "libertação de oficiais e soldados israelitas capturados e daqueles que morreram nas mãos do Hamas e de outros movimentos", em troca de um número não determinado de palestinianos, acrescentou.
A conclusão do processo, indicou o representante do Hamas, seria uma retirada total israelita da Faixa de Gaza, onde o Exército iniciou uma invasão terrestre em 27 de outubro, um cessar-fogo permanente, a reconstrução do território devastado e a suspensão do bloqueio imposto por Israel.
Israel recusa-se a sair da Faixa de Gaza e afirma que isso seria o equivalente a uma vitória do Hamas, que governa o território desde 2007.
Antes do anúncio do Hamas, o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou na quinta-feira que o Hamas apresentava exigências "pouco realistas".
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