“O primeiro ponto é que poucos minutos depois de começar esta legislatura tivemos a evidência de uma aliança entre o Chega e o PS, uma maioria entre o Chega e o PS”, disse Rui Rocha aos jornalistas minutos depois de o deputado do PSD José Pedro Aguiar-Branco ter falhado a eleição para presidente da Assembleia da República.
Segundo o líder da IL, “o Chega não é um partido confiável e a qualquer momento rói a corda”. Rocha acusou o partido de André Ventura de cumprir “aquilo que publicamente tinha dito há poucas horas”.
“O PS e o Chega são responsáveis por começarmos esta legislatura já neste ambiente indesejável”, criticou, respondendo aos jornalistas que isto não o surpreendeu e apenas poderá ficar surpreendido “quem confiou na palavra do Chega, de André Ventura”.
O regimento da Assembleia da República determina que o presidente do parlamento é eleito na primeira reunião plenária da legislatura por maioria absoluta dos votos dos deputados em efetividade de funções (116).
Aguiar-Branco teve 89 votos a favor, 134 brancos e sete nulos.
“Se nenhum dos candidatos obtiver esse número de votos, procede-se imediatamente a segundo sufrágio, ao qual concorrem apenas os dois candidatos mais votados que não tenham retirado a candidatura. Se nenhum candidato for eleito, é reaberto o processo”, refere o Regimento.
António Filipe, que preside à primeira sessão plenária, declarou o candidato “não eleito”.
O líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, pediu imediatamente a interrupção dos trabalhos por 30 minutos, o que foi concedido, retomando às 17h30.
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