Numa cerimónia na sinagoga de Lisboa assinalando o 1º aniversário do massacre no sul de Israel perpetrado pelo Hamas, e na presença do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, o embaixador designado de Israel em Portugal, Oren Rosenblat, recordou os reféns que o movimento islamita ainda mantém em Gaza, e em particular o luso-israelita Idan Sthivi, cuja morte foi hoje confirmada.

"Apelo ao governo português para que atue pela libertação de todos os reféns, incluindo cidadãos portugueses que estão sob a responsabilidade direta do governo português", afirmou o diplomata, num discurso em português perante representantes partidários e diplomáticos, além da comunidade israelita.

De acordo com o Rosenblat, a mãe de Idan Sthivi veio três vezes a Portugal e esteve com o Presidente da República: "Fez tudo o que era possível pelo filho, é muito triste".

Agradecendo ao povo e governo português o apoio prestado até aqui, o diplomata pediu mais.

"Primeiro, apoio espiritual. Pedimos - aqui na sinagoga - ao povo português que reze por Israel e especialmente pelo regresso em segurança de todos os reféns. Mas também apoio político do povo e do governo (...). Este é o momento de mostrar solidariedade com Israel, de mostrar que não há lugar, nomeadamente em Portugal, para o antissemitismo", disse o diplomata.

Na mesma linha, David Botelho, presidente da Comunidade Israelita de Lisboa, distinguiu as vítimas do Hamas - de "violência pura, do extremismo pelo extremismo" - de outras que "colateralmente" são feitas nos ataques israelitas contra aquele movimento e que têm merecido condenação das Nações Unidas e apelos à restrição mesmo por parte de alguns dos principais aliados de Telavive.

"Obviamente que o governo de Israel pode ser criticado e ser objeto de reparos, mas as críticas e os reparos ao governo não podem em circunstância alguma servir para desapoiar Israel, a única democracia naquela região e que partilha os valores do ocidente", disse Botelho.

No final da cerimónia, o ministro dos Negócios Estrangeiros não prestou declarações.