Num comunicado, o exército israelita descreveu Sakhl como “um importante terrorista” e disse que o dirigente do Hamas foi morto em 24 de julho, numa operação conjunta com a agência de segurança Shin Bet, na Faixa de Gaza.

As IDF acusaram Sakhl de estar envolvido, durante “mais de uma década”, no planeamento e direção de “ataques terroristas na Judeia e Samaria”, um termo bíblico e histórico com que Israel se refere à Cisjordânia ocupada.

O exército disse ter recebido, vários dias após o ataque, “informações de inteligência indicando que [Sakhl] tinha sido eliminado”.

Mais de 10 meses depois do início da guerra em Gaza, também a Cisjordânia vive um pico de violência, com mais de 620 palestinianos mortos desde o ataque do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro.

Em 31 de julho, o Hamas anunciou a morte do líder, Ismail Haniyeh, num ataque, que atribuiu a Israel, em Teerão, onde se encontrava em visita oficial.

Telavive não assumiu a autoria do ataque contra Haniyeh, ao contrário do assassínio do responsável militar do grupo xiita libanês Hezbollah, Fouad Chok, na semana passada, perto de Beirute.

Ainda assim, na quarta-feira, o chefe do Estado-Maior do Exército israelita, Herzi Halevi, prometeu “encontrar” o novo líder do Hamas, e eliminá-lo, num comunicado divulgado um dia após a nomeação de Yahya Sinuar.

O Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da agência de notícias France-Presse, baseada em números oficiais israelitas.

Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, segundo as autoridades israelitas. Destas, perto de 100 foram libertadas no final de novembro, durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 132 reféns continuam detidos no território palestiniano, 28 dos quais terão morrido.

Em resposta ao ataque, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

A ofensiva israelita já causou a morte de quase 40 mil palestinianos em todo o enclave e cerca de 92 mil feridos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.