Giorgia Meloni deu como exemplo do sucesso da cimeira do G7, que Itália organizou entre quinta-feira e hoje em Puglia, a aprovação da “declaração final da reunião um dia antes do final”, algo que “não acontece com muita frequência”.
Entre os principais temas abordados pelas sete maiores economias mundiais está o plano para conceder à Ucrânia um empréstimo de 50 mil milhões de dólares (cerca de 46.000 mil milhões de euros) a pagar com juros a partir de ativos russos congelados no estrangeiro.
“Só com a paz é que estes ativos serão descongelados”, disse Meloni, numa mensagem dirigida à Rússia.
Sobre as relações com a China, a primeira-ministra italiana sublinhou que o G7 queria enviar a Pequim a mensagem de que o grupo “está aberto ao diálogo, mas as empresas devem poder competir em condições de igualdade, num mercado livre baseado em regras”.
Na sexta-feira, os líderes do G7 prometeram apoiar a Ucrânia “durante o tempo que for necessário” na guerra contra a Rússia e reafirmaram os “esforços coletivos para desarmar e drenar o financiamento do complexo militar-industrial russo”, segundo o projeto de declaração final consultado pela agência noticiosa AFP.
Giorgia Meloni abordou ainda um ponto de discórdia que foi a possível inclusão do direito ao aborto no texto final das conclusões da cimeira dos líderes do G7.
“A controvérsia” sobre a palavra aborto na declaração final do G7 foi “construída de uma forma totalmente artificial”, disse.
A discussão, “de facto, não existiu na cimeira” ou nas conversações, afirmou a chefe de Governo italiana, que, em declarações ao jornal La Repubblica, afirmou compreender as razões pelas quais surgem controvérsias, mas sublinhou que, pela parte italiana, a questão “não representou um problema”.´
A proposta de declaração final da cimeira do G7 em Itália, conhecida na sexta-feira, condena a violação dos direitos das mulheres e das pessoas LGBTQIA+ (sigla relativa a lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais, assexuais e outras orientações sexuais e identidades de género), mas a inclusão do direito ao aborto acabou em divergência.
Os primeiros rascunhos incluíam uma alusão explícita, que acabou deixada de lado, aparentemente devido às dúvidas do executivo de Meloni.
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