“Estamos muito preocupados porque, tal como as coisas estão, caminhamos para um não-acordo por acidente”, disse Hunt à imprensa em Viena, que preside à União Europeia neste semestre, após um encontro com a homóloga austríaca, Karin Kneissl.
“Há um risco real de um divórcio complicado, o que seria um enorme erro geoestratégico”, prosseguiu Hunt, apelando à amizade, laços históricos e valores partilhados entre o Reino Unido e os parceiros europeus para alcançar uma solução.
“Não façamos deste um daqueles momentos da histórica da Europa apontados como um enorme erro e de que se fale 20 ou 30 anos depois, procuremos uma solução pragmática que nos permita uma amizade especial”.
A ministra dos Negócios Estrangeiros austríaca sublinhou por seu lado que a negociação da saída do Reino Unido da UE é da competência exclusiva da Comissão Europeia, numa aparente alusão a declarações de Hunt apelando à Alemanha e França que propiciem um “acordo sensato”.
Kneissl sublinhou também que, independente de algumas diferenças entre os países da UE em assuntos específicos, a posição comum sobre o ‘Brexit’ é sólida.
O Reino Unido deve sair da UE a 29 de março de 2019 e um acordo deveria estar pronto até ao outono, mas divergências persistentes põem essa data em dúvida.
Jeremy Hunt disse hoje em Viena que “o tempo é muito, muito curto” e que um adiamento da data limite é “altamente improvável”.
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