No início da missa final da JMJ, no Parque Tejo, em Lisboa, Manuel Clemente agradeceu ao Papa o seu empenho na realização da Jornada em Portugal, sublinhando que ele quis que o evento “fosse ocasião de encontro de uma multidão juvenil provinda dos cinco continentes, aberta e proposta a todos com a largueza do Evangelho de Cristo, que não exclui ninguém e globalmente se oferece”.
“Quisestes que a jornada fosse, muito especialmente para os jovens, uma ocasião de reencontro e encorajamento no sentido da solidariedade e da construção de um mundo mais capaz de corresponder às justas aspirações de todos, depois de uma pandemia que os confinou e de tudo o mais que os possa alhear dos outros e do melhor de si próprios”, disse o cardeal, perante uma multidão que espalhada por todo o Parque dividido pelos concelhos de Lisboa e Loures.
Destacando o apoio dado pelo Papa argentino, no ânimo para prosseguir a realização da jornada, “ultrapassando adiamentos e obstáculos”, Manuel Clemente frisou que esta JMJ é “especialmente” do Papa, mas não esqueceu o agradecimento pela “cooperação e o apoio de contribuições pessoais e institucionais que não faltaram”.
“Do Estado às autarquias, muito em especial, que permitiram fazer (…) de Portugal a terra de uma multidão provinda do mundo inteiro. Às entidades públicas juntaram-se muitas outras contribuições particulares, que permitiram à incansável organização e aos seus magníficos colaboradores e voluntários levarem a bom termo esta Jornada”, sublinhou o cardeal-patriarca de Lisboa, naquela que poderá ter sido a sua última participação numa grande celebração, antes da nomeação do seu sucessor à frente do Patriarcado.
Na sua saudação, o prelado, ao agradecer ao Papa a realização da JMJ em Lisboa, sublinhou o significado da “Obrigado”.
“Na nossa língua portuguesa, a palavra indica que não só recebemos como nos sentimos levados a retribuir o que nos foi dado. E Vossa Santidade deu-nos tantos nestes dias, com a presença, a palavra e os gestos que generosamente repartiu, que nunca mais deixaremos de lhe retribuir com imensa gratidão e oração constante pela vida, saúde e ministério”, acrescentou, apelidando o Papa de “o mais jovem entre os jovens” ali presentes, com uma “frescura (…) que nem a idade nem os problemas de saúde retiram” a Francisco.
A Jornada Mundial da Juventude decorreu em Lisboa desde terça-feira, congregando na capital portuguesa, neste fim de semana, cerca de 1,5 milhões de fiéis.
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