Numa conferência de imprensa conjunta, a candidata presidencial Le Pen e Dupont-Aignan formalizaram um acordo entre os dois partidos.
Perante os jornalistas, Le Pen elogiou "a capacidade pouco comum" do candidato "em dizer não, em não se resignar quando o futuro do país está em jogo".
"É um dia histórico e privilegiamos os interesses da França diante dos interesses pessoais e dos interesses partidários", declarou Dupont-Aignan, que, no entanto, afirmou que seu movimento continua sendo "totalmente independente". "Pela França, convido os franceses a juntarem-se a nós e a salvá-la, tudo o resto são apenas detalhes (...) Há uma verdadeira onda que cresce no país", acrescentou.
Nicolas Dupont-Aignan, candidato de direita que teve 4,7% de votos na primeira volta das eleições presidenciais francesas a 23 de abril, vai assim apoiar nesta segunda volta Marine Le Pen.
O outro candidato à segunda volta, Emmanuel Macron, assegurou por seu lado que terá em conta a desilusão de muitos franceses com o funcionamento da União Europeia.
Numa entrevista publicada hoje no jornal Le Figaro, o candidato liberal assume ter-se apercebido durante a campanha, e em especial na votação na primeira volta, de incompreensão de muitos face à globalização e da desilusão com a Europa.
O liberal pró-europeu Emmanuel Macron venceu a primeira volta das presidenciais francesas com 24,01% dos votos, à frente de Marine Le Pen que conseguiu 21,30% dos votos, segundo os resultados definitivos do escrutínio de domingo.
Os dois candidatos, que vão disputar o Eliseu (Presidência francesa) numa segunda volta a 07 de maio, ficaram separados por pouco menos de um milhão de votos.
[Notícia atualizada às 12h42 com as declarações de Le Pen e Dupont-Aignan]
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