Ramzan Kadyrov, líder militar checheno, apoiou a proposta de Surovikin de retirar as tropas russas para a margem esquerda do Dniepre.
No passado, o chefe militar da Chechênia criticou duramente o coronel-general que liderou a defesa na direção de Liman: "todos sabiam que Kherson é um território de combate difícil desde os primeiros dias da operação especial”, disse Kadyrov, citado pela agência News.ru.
“Os soldados das minhas unidades relataram que era muito difícil lutar nesta área”, declara Kadyrov, acrescentando que a frente de batalha em Kherson “poderia ser mantida com a provisão adequada de munições”, mas avisou que “custaria inúmeras vidas humanas”.
“E essa previsão não nos convém. Portanto, acredito que Surovikin agiu como um verdadeiro general militar, sem medo de críticas”, concluiu o checheno agradecendo aos superiores militares russos pela decisão da retirada.
As forças armadas russas anunciaram esta quarta-feira a retirada da cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, uma das regiões anexadas em setembro pela Rússia, tal como aconteceu com Lugansk, Donetsk e Zaporijia, e que foi condenado pela comunidade internacional.
A região tem sido alvo de uma contraofensiva lançada pelas forças de Kiev há cerca de dois meses. As autoridades pró-russas de Kherson admitiram na terça-feira a superioridade numérica das forças ucranianas na região.
*Com Lusa
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