O programa, delineado pela empresa municipal que gere os equipamentos culturais de Lisboa (EGEAC), contará, até ao final do mês, com vários eventos de entrada gratuita, “tendo como denominador comum os direitos humanos”.
No dia 25, feriado nacional, destacam-se dois eventos: a inauguração na estação de metro Baixa-Chiado de um memorial, proposto por um grupo de cidadãos, com os nomes das pessoas que foram detidas e perseguidas pelo regime fascista, e uma exposição com 45 fotografias de Alfredo Cunha, colocadas em espaços públicos.
Outra das novidades deste ano, em parceria com a Associação 25 de Abril, é a criação de um roteiro de locais emblemáticos da cidade, onde “decorreram acontecimentos significativos da ação militar de 1974″.
“Serão colocadas placas alusivas em nove locais, em vários pontos de Lisboa, desde a Baixa à Penha de França, passando pelas Avenidas Novas, Campolide e Lumiar”, refere a EGEAC na programação.
Este ano está prevista ainda a terceira edição do Festival Política, entre 25 e 28 de abril, no cinema São Jorge. Dedicado à Europa, por causa das eleições europeias de 26 de maio, o festival contará com cinema, debates, o espectáculo de humor “Isto só neste país”, de Hugo van der Ding, e uma sessão “cara-a-cara” entre cidadãos e os candidatos portugueses ao Parlamento Europeu.
A noite de 24 de abril ficará reservada para um concerto no Terreiro do Paço, protagonizado pelo músico Fausto Bordalo Dias, com banda e orquestra.
A partir desse dia, e até 01 de maio, a produtora OCubo fará o espectáculo “Memórias de Abril”, projetado nos edifícios do Terreiro do Paço.
Se no ano passado foram espalhados pianos pela cidade para todos tocarem, este ano o “Abril em Lisboa” convoca os cidadãos a serem maestros de uma orquestra.
De 19 a 23 de abril, entre as 17:30 e as 19:00, músicos da Orquestra Bomtempo estarão a tocar em locais públicos (como o aeroporto e o jardim da Estrela), desde que algum espectador os conduza.
A sala mais pequena e secreta do cinema São Jorge, com 21 lugares e que em tempos serviu para a censura do regime de Salazar fazer o visionamento prévio de filmes, será ocupada por uma sessão de escuta de um documentário sonoro sobre censura e propaganda, realizado por Sofia Saldanha.
Durante este mês, haverá ainda programação dedicada à Revolução de Abril no Museu do Aljube, no Museu Bordalo Pinheiro e em algumas bibliotecas municipais, com debates sobre direitos da comunidade LGBTIQ.
Integrada nas comemorações está a iniciativa “Ocupação”, pelo Teatro do Vestido, de Joana Craveiro, que ocupará todos os espaços do Teatro Municipal São Luiz, entre os dias 24 e 30 de abril.
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