Numa declaração conjunta, o Equador, França, Guiana, Japão, Malta, Moçambique, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovénia, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos – a grande maioria do Conselho, com exceção da Rússia, China e Argélia – “expressam a profunda preocupação com a chamada ‘lei da moralidade’ anunciada pelos talibãs”.
“Queremos sublinhar que atos deste tipo por parte dos talibãs simplesmente minam os esforços da comunidade internacional para dialogar com eles (…), para conseguir um Afeganistão em paz internamente e com os seus vizinhos, e totalmente reintegrado na comunidade internacional”, afirmam os cossignatários da declaração, lida à imprensa pelo embaixador japonês Yamazaki Kazuyuki.
“Condenamos veementemente a continuação da discriminação sistemática baseada no género e a opressão de mulheres e raparigas por parte dos talibãs”, acrescentou o diplomata.
Os doze países apelam às autoridades talibãs para que “revertam rapidamente todas as políticas e práticas” que restringem os direitos das mulheres.
A lei recentemente promulgada pelo governo talibã para “promover a virtude e prevenir o vício” rege muitos aspetos da vida afegã de acordo com a lei islâmica, a Sharia.
A lei, que causou grande preocupação entre muitos afegãos e ativistas dos direitos humanos, proíbe nomeadamente as mulheres de levantarem a voz fora de casa e exige que cubram todo o corpo e o rosto se tiverem de sair “por necessidade”.
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