Estas três personalidades, e também o antigo bastonário da Ordem dos Médicos Germano de Sousa, participaram num almoço de apoio ao candidato, que decorreu num hotel em Lisboa.
Em declarações aos jornalistas, a antiga candidata a Presidente da República disse ter decidido apoiar José Luís Carneiro, “independentemente das amizades pessoais”, porque “do ponto de vista político o perfil” do ministro da Administração Interna “é muito dentro” daquilo que considera “ser necessário”.
“Nós temos um ambiente nacional de grande crispação e temos um ambiente internacional de grande incerteza e insegurança. Eu acho que aquilo eu conheço da personalidade do José Luís Carneiro e a maneira como ele esteve, e tem estado, no Ministério da Administração Interna é demonstrativa de serenidade, segurança, espírito de dialogo, concertação. Eu acho isso essencial”, assinalou.
A antiga ministra da Saúde considerou que José Luís Carneiro seria “com certeza” um bom primeiro-ministro.
“José Luís Carneiro nem fala sobre o que faz, faz e faz bem. E isso é fantástico, porque hoje vemos muitas pessoas a procurarem protagonismo com base no que dizem que vão fazer”, afirmou.
Questionada se se tratava de um reparo ao também candidato à liderança do PS Pedro Nuno Santos, Maria de Belém Roseira disse estar a falar “em geral”.
“Há muitas pessoas que falam sobre o que vão fazer, e José Luís Carneiro pode falar daquilo que tem feito, que está à vista de todos. Um ministério de uma enorme complexidade, de uma enorme sensibilidade e uma grande delicadeza e nós temos lá paz e temos visto que as coisas têm acontecido sem grande alarido, sem alarme social e numa perspetiva de construção de entendimentos entre as pessoas”, salientou.
Também em declarações aos jornalistas, José Vera Jardim afirmou que a decisão de apoiar José Luís Carneiro, que conhece há muitos anos, “foi fácil” porque confia nele para ser secretário-geral do PS e também para ser primeiro-ministro.
O antigo ministro da Justiça considerou que “basta olhar para o currículo” de José Luís Carneiro.
“Eu não vou dizer que ele foi o melhor ministro do Governo, mas todos concordam que ele fez o ministério calmo, sempre com diálogo, muito diálogo, que é preciso. E é um ministério difícil, talvez dos mais difíceis, embora as pessoas muitas vezes não tenham essa noção”, sustentou.
Vera Jardim destacou também que José Luís Carneiro “deu provas de grande serenidade a enfrentar os problemas e a resolvê-los”.
Falando aos jornalistas de seguida, José Luís Carneiro deixou “uma palavra de gratidão a personalidades que já fizeram tanto pelo país e que continuam a poder fazer muito pelo país”.
“A minha candidatura é uma candidatura intergeracional e que não tem em vista colocar umas gerações contra as outras, tem em vista precisamente colocar as diferentes gerações a dialogarem umas com as outras, porque nós temos muito que aprender com estas gerações que construíram as funções sociais do Estado, que nos garantiram as liberdades, os direitos e as garantias fundamentais”, salientou.
Às eleições diretas socialistas de 15 e 16 de dezembro apresentaram-se até agora três candidatos, o atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, o ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos e Daniel Adrião, dirigente da linha minoritária de oposição ao atual secretário-geral, António Costa.
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