Este é o número mais “negro” desde 2016 como resultado deste conflito que já dura há mais de 30 anos.
As autoridades do território anunciaram a morte de 16 soldados separatistas, além de uma mãe e um filho, enquanto o Azerbaijão, não quis revelar o número de baixas militares, mas anunciou a morte de cinco civis.
“Após o fogo de artilharia (de separatistas arménios em Karabakh), uma família de cinco pessoas morreu na vila de Gachalty”, disse a Procuradoria-Geral do Azerbaijão em comunicado.
Este é o número mais alto de mortes desde 2016, depois dos confrontos entre os beligerantes terem atingido cerca de 100 mortos no total.
Na altura, as hostilidades fizeram recear uma guerra aberta entre o Azerbaijão e a Arménia pelo controlo do enclave de Nagorno Karabakh.
O Arzebaijão e a Arménia acusam-se mutuamente de terem iniciado hoje as hostilidades e declararam a lei marcial, mantendo uma linguagem beligerante.
O Azerbaijão, além de ter declarado hoje a lei marcial no país, fez também saber que o recolher é obrigatório na capital, Baku, e em várias outras cidades importantes, após a escalada de violência entre separatistas de Nagorno-Karabakh apoiados pela Arménia e as forças azeris.
Ambos os lados afirmaram igualmente ter infligido perdas significativas ao adversário.
O Azerbaijão refere ter conquistado territórios, o que a Arménia nega, alegando também que o exército arménio sofreu baixas, incluindo a queda de helicópteros e a destruição de blindados.
Nagorno-Karabakh é uma região separatista do Azerbaijão, habitada principalmente por arménios e apoiada pela Arménia.
Os combates ocorrem regularmente entre separatistas e azeris, numa tensão permanente entre os executivos da capital da arménia, Erevan, e do Azerbaijão, Baku.
Território do Império Russo disputado pela Arménia e Azerbaijão durante a guerra civil após a revolução bolchevique de 1917, Nagorno-Karabakh, habitado maioritariamente por arménios, foi anexada em 1921 por Josef Estaline à República Socialista Soviética do Azerbaijão, tendo obtido, a partir de 1923, um estatuto autónomo.
A União Europeia, o Conselho Europeu, a Rússia, a França e a Alemanha já lamentaram os confrontos e pediram a cessação imediata das hostilidades, bem como o regresso à mesa de negociações.
O presidente russo, Vladimir Putin, que atua como árbitro na região, pediu o fim dos confrontos.
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