De acordo com as autoridades do território separatista, citadas pela agência de notícias France-Presse (AFP), o número dos seus soldados mortos desde o início dos combates, no domingo, subiu para 32.
Cinco civis do Azerbaijão e dois civis arménios do enclave também morreram nos combates, de acordo com a informação já divulgada no domingo.
O Azerbaijão ainda não anunciou as suas perdas militares.
O balanço pode ser muito superior, uma vez que ambos os lados afirmam ter infligido centenas de baixas à oposição.
Este é o número mais elevado de mortes desde 2016, quando os confrontos entre os beligerantes provocaram cerca de 100 mortos.
Na altura, as hostilidades fizeram recear uma guerra aberta entre o Azerbaijão e a Arménia pelo controlo do enclave de Nagorno-Karabakh.
O Azerbaijão e a Arménia acusam-se mutuamente de terem iniciado as hostilidades no domingo e declararam a lei marcial, mantendo uma linguagem beligerante.
Além de ter declarado a lei marcial no país, o Azerbaijão fez também saber que o recolher é obrigatório na capital, Baku, e em várias outras cidades importantes, após a escalada de violência entre separatistas de Nagorno-Karabakh, apoiados pela Arménia, e as forças azeris.
A Arménia e o Azerbaijão estão em estado de guerra desde 1991, embora três anos depois tenham assinado um cessar-fogo, que vigora até hoje, apesar de violações por ambas as partes.
Nagorno-Karabakh é uma região separatista do Azerbaijão, habitada principalmente por arménios.
Território do Império Russo disputado pela Arménia e Azerbaijão durante a guerra civil após a revolução bolchevique de 1917, Nagorno-Karabakh foi anexada em 1921 por Josef Estaline à República Socialista Soviética do Azerbaijão, tendo obtido, a partir de 1923, um estatuto autónomo.
Os combates, os mais mortíferos desde 2016, estão a causar preocupação internacional, tendo a União Europeia, o Conselho Europeu, a Rússia, a França e a Alemanha lamentado os confrontos e pedido a cessação imediata das hostilidades, bem como o regresso à mesa de negociações.
O presidente russo, Vladimir Putin, que atua como árbitro na região, pediu o fim dos confrontos.
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