“Não há motivos para alguém pegar em arma de novo, à espera de carro”, na estrada para atacar, afirmou Nyusi.
O chefe de Estado moçambicano referiu-se ao processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) da guerrilha da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), durante um encontro com a comunidade moçambicana residente na Zâmbia, no âmbito de uma visita de Estado que realiza a este país da África Austral.
Os antigos guerrilheiros da Renamo “já entregam as armas, foram desmobilizados, agora, estamos na fase de reintegração, que leva tempo, não acaba logo”, declarou.
Os antigos combatentes, prosseguiu, estão a ser bem acolhidos pelas comunidades de reinserção, à exceção de casos isolados de “algum ruído”.
O presidente moçambicano assinalou que mais de 3.000 antigos guerrilheiros já estão a receber pensões, dos pouco mais de 5.200 contabilizados no âmbito do DDR.
Filipe Nyusi salientou que a prioridade na restauração da paz no país fez com que os antigos guerrilheiros fossem excecionalmente inscritos na segurança social, apesar de nunca terem descontado qualquer rendimento para este mecanismo.
“É verdade que a pensão é paga a alguém que trabalhava, mas encontramos uma fórmula”, sublinhou.
O chefe de Estado moçambicano avançou que falta a identificação de 900 antigos guerrilheiros para a regularização das suas pensões.
Os combatentes abrangidos pelo DDR fazem parte do braço armado da Renamo que se envolveu em confrontos com as Forças de Defesa e Segurança (FDS) nos ciclos de violência armada provocada pela contestação dos resultados eleitorais pelo principal partido da oposição.
Um contingente mais numeroso do braço armado da Renamo já tinha sido desmobilizado, ao abrigo do Acordo Geral de Paz assinado em 1992, que encerrou 16 anos de guerra civil.
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