Fontes da ONG espanhola explicaram à agência de notícias EFE que durante a noite houve o transporte para a Itália de duas pessoas que sofriam de queimaduras graves e fortes dores abdominais.
A Open Arms solicitou o transporte para Malta, mas esta foi negada.
A última operação de resgate nestes três dias ocorreu durante a madrugada, quando a rede “Alarm Phone” alertou para um barco à deriva.
O navio humanitário espanhol, o único atualmente a operar em águas do Mediterrâneo, respondeu à chamada e localizou “cerca de 100 pessoas” amontoadas num barco de madeira.
A bordo, já havia outros 282 imigrantes salvos em quatro operações diferentes, incluindo três mulheres e 38 menores não acompanhados e provenientes de países como Sudão do Sul, Gâmbia, Egito, Senegal, Chade, Burkina Faso, Guiné e República Centro-Africana.
Atualmente, o Open Arms é o único navio humanitário na área central do Mediterrâneo, depois de outros navios, como o Ocean Viking (dos Médicos Sem Fronteiras e o SOS Mediterranee) e Alan Kurdi (da ONG alemã Sea Eye), terem sido autorizados pela Itália e Malta a desembarcar os seus migrantes resgatados no mar.
O Ministério do Interior italiano informou na terça-feira que este ano já chegaram a Itália 870 migrantes, em comparação aos 155 no mesmo período do ano passado e aos 3.176 em 2018.
Após a saída do Governo italiano do partido Liga – da extrema-direita e que aplicou a política de “portos fechados”-, a formação do novo Governo composto pelo Movimento 5 Estrelas (M5S), pelo Partido Democrata (PD) e outros grupos progressistas, os navios humanitários já podem desembarcar novamente nos portos italianos, graças ao mecanismo de redistribuição de migrantes nos países europeus disponíveis.
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